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BAD desafia países asiáticos a investir em África 

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) desafiou os países asiáticos a olhar para África como um continente de oportunidades de investimentos. Com uma perspectiva de crescimento, África deverá crescer 4,1% entre 2023 e 2024, ultrapassando a média mundial de 2,9%. 

Superando as perspectivas mundiais de crescimento, o continente africano tem-se revelado uma oportunidade de investimento. Neste sentido, o economista-Chefe do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Kevin Urama, desafiou os países asiáticos e seus setores privados a investirem no continente.

“Convido os investidores e os governantes da Ásia a verem a África não como uma terra distante, mas como um continente cheio de oportunidades”, exortou Urama, levando em conta a última edição do relatório “African Economic Outlook”, um dos principais relatórios do banco.

Pra o BAD, apesar dos muitos choques que África sofreu nos últimos anos, desde a pandemia de Covid-19 aos efeitos das alterações climáticas e à invasão da Ucrânia pela Rússia, o continente está a revelar-se bastante resistente: Depois de atingir 3,8% em 2022, a sua taxa de crescimento deverá subir para 4,1% em 2023 e 2024, ultrapassando a média mundial de 2,9% e a da Europa de 1,1%, apenas a Ásia terá um crescimento superior, de 4,3%.

“África deve desempenhar um papel fundamental na transição ecológica, uma vez que contém 60% das terras aráveis não utilizadas do mundo e os minerais necessários para o crescimento verde. Trata-se de oportunidades de desenvolvimento sustentável e de investimento. É terra virgem e é fácil construir infraestruturas com baixas emissões de carbono sem ter de gastar muito dinheiro”, acrescentou Urama.

Abandonar estereótipos sobre África

Mas, para concretizar estas oportunidades, Edmond Wega, Diretor Executivo do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento para o Canadá, China, Coreia do Sul, Kuwait e Turquia, diz que os investidores asiáticos têm de olhar para além das imagens estereotipadas de África. “Em África, tivemos a Covid, tivemos crises, tivemos conflitos, é verdade, mas isso é apenas uma parte da história”, sublinhou.

Wega apelou à Ásia para que aproveite as crises e as transforme em oportunidades. “O continente asiático deve utilizar as suas tecnologias e conhecimentos para forjar uma relação vantajosa para todos com África, trabalhando com as regiões, os países e o Banco Africano de Desenvolvimento, para alcançar uma convergência de interesses, de modo a que os sonhos se tornem realidade”, apelou.

Estas informações foram divulgadas num seminário coorganizado com o Instituto Coreano de Política Económica Internacional (KIEP), a 12 de julho, em Sejong-Si, na Coreia, relativamente à edição de 2023 do relatório sobre as Perspetivas Económicas Africanas. Este foi o quarto ano consecutivo em que o relatório sobre as Perspetivas Económicas Africanas foi apresentado na Ásia. O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento tem um Gabinete de Representação Externa para a Ásia, com sede no Japão.

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