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Santiago

Praia: Reclusos da cadeia de São Martinho em greve

 

Os reclusos da cadeia de São Martinho, na Praia, estão em greve esta terça-feira. Segundo apurou A NAÇÃO online, no local, em questão está o aumento dos preços de vários produtos e alimentos dentro da cadeia que, segundo os familiares, aumentou consideravelmente. A alimentação fornecida pela cadeia, dizem, não é adequada e os familiares falam em reclusos a passar fome. De notar que a cadeia foi projectada para 600 reclusos e, actualmente, tem mais do dobro da capacidade, mais de metade a cumprir penas por roubo e os restantes por homicídio, na maioria.

Os reclusos da cadeia de São Martinho, na Praia, cumprem hoje uma greve de um dia. Desde manhã cedo no local, o A NAÇÃO online constatou que o ambiente é relativamente calmo, mas com vários familiares de reclusos já concentrados junto à entrada.

Os familiares estão inclusive a fazer cartazes em solidariedade para se manifestarem do lado de fora da cadeia. 

Hoje, garantiram várias fontes no local, não há visitas, e os reclusos não vão comer a comida da cadeia, não vão sair para os banhos de sol, isso tudo para mostrar a sua insatisfação com a situação que estão a viver lá dentro.

Os familiares dizem que a situação da má alimentação já se arrasta há muito tempo, e que, desde a covid-19, deixaram de poder levar alimentos para dentro da cadeia.

Inflação dos preços

Segundo avançam não há produtos de higiene lá dentro, e o preço dos alimentos também aumentou de forma muito considerável. 

Na porta da cadeia de São Martinho mães, irmãs e tias e dizem que seus filhos e sobrinhos, “estão a passar fome lá dentro”.

Agastados com a situação, decidiram partir para a greve. 

De notar que o ambiente que deixa transparecer de dentro para fora da cadeia é calmo, pois não se ouve para já grande barulho.

Cadeia lotada 

A NAÇÃO online está a tentar chegar à fala com o Director da Cadeia, mas sem sucesso para já.

De notar que a cadeia foi projectada para 600 reclusos e, actualmente, tem mais do dobro da capacidade, mais de metade a cumprir penas por roubo e os restantes por homicídio, na maioria.

Declarações recentes do Director da Cadeia Central da Praia davam conta que a questão da proibição de os familiares levarem comida se devia ao facto de aproveitarem a ocasião para introduzirem drogas.

(Actualizado)

Gisela Coelho

e Tiago Ribeiro (Estagiário)

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