Os moradores de diversas zonas da cidade do Porto Novo, em Santo Antão, estão a cogitar realizar uma manifestação contra a falta de água nesta cidade. Na zona Alto de São Tomé, apesar dos recentes investimentos, a água ainda é uma raridade.
Não é de hoje que a falta de água aflige os portonovenses. Cansados com a falta deste líquido precioso, que quase que já não chega às torneiras, os moradores vão sair às ruas contra a penúria.
Nilton Lima, Suzete Andrade, José Rodrigues, João Oliveira, Nilton Évora, Luana Lima são alguns dos cidadãos que se dizem “descontentes” com o problema da água na cidade de Porto Novo e estão prontos para se associar à manifestação.
Os moradores têm pedido encontros com a edilidade porto-novense para abordar a problemática da água nas zonas altas da cidade do Porto Novo.
Caso de Alto de São Tomé
Em Alto de São Tomé, apesar dos recentes investimentos feitos em um reservatório, “o tiro parece ter saído pela culatra”, quando esta obra não serve aos moradores. Os moradores falam em gasto de dinheiro público em obras sem utilidade.
Da mesma forma, na Ribeira Corujinha e Chã de Galinheira, os habitantes querem saber junto da autarquia o que se passa com o fornecimento de água na cidade do Porto Novo, já que o líquido precioso “não tem chegado às torneiras das casas”, segundo João Tavares.
Situação idêntica passa-se em Chã de Matinho, onde os moradores estão a enfrentar a falta de água, segundo o porta-voz da população, Manuel Delgado. A penúria é generalizada.
Nova rede: a única solução
A Câmara Municipal do Porto Novo informou que as dificuldades em fazer chegar a água às casas nas zonas altas tem a ver com as insuficiências na rede de distribuição, que já é muito obsoleta, assegurando que a resolução deste problema está prevista no quadro do projecto de água e saneamento de Santo Antão.
Trata-se de um projecto que vai resolver “grande parte dos problemas na cidade do Porto Novo em matéria do abastecimento de água” com impacto na substituição da rede existente e na redução das perdas, que andam à volta dos 50 por cento (%).