Isabel Duarte, mais conhecida por Bela Duarte, nasceu em São Vicente, em 1940. Isabel “Bela” Duarte, foi uma importante combatente pela causa da cultura e membro do grupo pioneiro pela promoção do artesanato em Cabo Verde, logo após a independência nacional. Tinha 83 anos e estava doente, encontrando-se inclusive acamada, segundo o filho, António “Patcha” Duarte.
Bela Duarte formou-se no Liceu e Escola Técnica do Mindelo, onde fez o curso de Formação Feminina. Seguiu depois para Portugal onde frequentou os cursos de Artes Decorativas na Escola António Arroios e de Desenho Artístico na Sociedade Nacional das Belas Artes.
De 1968 a 1974 leccionou Desenho Visual em São Vicente, tendo sido professora de varias gerações. Em 1976 integrou o grupo de que formam a Cooperativa Resistência, junto com Manuel Figueira e Luisa Queirós, iniciativa que revolucionou a forma como os mindelenses viam e tratavam a arte e os artistas.
Participou ainda na criação do Centro Nacional de Artesanato onde leccionou tecelagem, tapeçaria e batik e, em 1978, criou a Galeria “Azul + Azul = Verde” com Luisa Queirós em São Vicente.
Era uma das mais valorizadas e distinguidas artistas plásticas de Cabo Verde. Mas ficou mais conhecida pela representação de sua obra em tapeçaria e batik.
Morre a artista, mas eterniza-se na sua arte
Do seu percurso artístico, além de Cabo Verde, participou em exposições na Áustria, Bélgica, Estados Unidos da América, França, Itália e Portugal. Foi distinguida com a Primeira Classe da Medalha do Vulcão, em 2010, e Primeira Classe da Medalha de Mérito da República de Cabo Verde, em 2018.
Bela Duarte está eternizada no “Passeio Alma das Ilha”, na Rua de Lisboa em São Vicente, um projecto do Governo que já conta com 51 nomes, dentre os quais Cesária Évora, Celina Pereira, Luís Morais, Germano Almeida, Betú, Orlando Pantera, Luisa Queirós, Alex Silva, Manuel d’Novas.
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