Estreia no próximo dia 22 de junho , pelas 19 horas, no Auditório Luis Morais Auditório do Centro Cultural do Mindelo, o documentário Mar-Liso, uma obra de José J. Cabral, com direção e realização de Jean Gomes.
Conforme nota de imprensa, Mar-Liso simboliza o “crepúsculo de uma época”, sendo por isso representativa de emblemáticas chalupas, palhabotes, faluchos e escunas que sulcaram os mares de Cabo Verde, governados por não menos notáveis timoneiros.
O documentário evoca os 95 anos da sua construção na Dinamarca, e os 42 da sua chegada a Cabo Verde, dos quais 40 foram dedicados à cabotagem entre as ilhas do Norte.
Como fazem notar, Mar-Liso é a “única” e, provavelmente, a última embarcação com casco de madeira, ainda em operação.
Património a preservar
A película serve de pretexto para um regresso, uma revisitação aos anais da cabotagem, e do inestimável património marítimo cabo-verdiano, do qual apenas escassos registos sobejaram.
É a história do táxi da carreira São Nicolau-São Vicente, mas que o foi também na de Santo Antão, a assegurar o transporte de carga diversa a gás butano e géneros da extinta EMPA.
Em plena “Década dos Oceanos” instituída por resolução das Nações Unidas, julgamos os promotores acreditam estar “agregar valor e contribuição” à Literacia do Oceano que nos cerca, nas suas dimensões histórica e cultural, enquanto ativo de promoção do Turismo Marítimo e Costeiro, bem como de desenvolvimento local e de coesão social das comunidades costeiras.