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São Vicente

São Vicente: Adevic recebe equipamentos para Escola de Alfabetização em Braille

A delegação da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde – Adevic, em São Vicente, recebeu hoje um conjunto de equipamentos, avaliados em cerca de 800 contos, para alimentar o projecto da Escola de Alfabetização, em Braile, cujas aulas arrancaram em Março. 

Fazem parte desses equipamentos pautas para escrita braille, seis máquinas Parking Braille, um projector, três computadores portáteis, um leitor autónomo, 30 lentes graduadas e bengalas brancas.

Segundo a Inforpress, em informações recolhidas junto do Delegado da Adevic, Luís Silva, a doação foi feita pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

“São de bastante valia, tendo em conta que já começamos a dar essas aulas e o projecto da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem sido uma grande ajuda para nós, tendo em conta que vimos adquirindo alguns equipamentos que seria difícil comprar se não tivéssemos este parceiro”, considerou.

Concretização de um “sonho”

“Neste momento temos ainda um técnico que dá aulas tanto na escritura como na leitura e temos seis alunos, três de manhã e três à tarde, porque ele acha que não poderá ter mais alunos porque ele tem de dar atenção a todos”, avançou a mesma fonte, indicando que os alunos são pessoas “já com certa idade, há outros já com a antiga 6ª classe e que perderam a visão e ainda outros com idades entre os 17 e os 18 anos e que há muito já tinham desistido do sistema nacional de ensino”.

Para Luís Silva a chegada desses equipamentos é o início da concretização de um sonho acalentado desde a criação da delegação de Adevic.

Delegado quer ter mais alunos no próximo ano letivo

“A nossa ambição era ter um espaço para ocupar os nossos membros, não para competir com o sistema nacional de ensino. Queremos dar-lhes algum sentido à vida, ocupando-os com várias aprendizagens desde orientação e mobilidade, visitas diárias entre outras actividades”, concretizou afirmando que no próximo ano lectivo a perspectiva é ter mais alunos.

“No fundo quando os abordamos dizem que na sua idade já não conseguem aprender nada, mas temos provas de um aluno aqui que já consegue descodificar o alfabeto na leitura e na escrita”, arrematou apesar de salientar as dificuldades de alguns em ter a disponibilidade de familiares em acompanhá-los para irem às aulas.

C/ Inforpress

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