O coordenador do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (SIACSA), Heidi Ganet, acusa um agente da Polícia Nacional de fazer um disparo contra o vidro da caixa Vinti4 do Interatlântico da Praça Nova, em São Vicente. A “briga” com a referida máquina tem sido comum na ilha, alerta.
Heidi Ganeto, citado pela Mindelinsite, contou que este incidente aconteceu na madrugada desta segunda-feira,12, quando o agente da Polícia Nacional utilizou o ATM do Interatlântico da Praça Nova e verificou que não havia dinheiro.
A mesma fonte disse que decidiu fazer esta “denúncia pública”, após ouvir o relato do vigilante de serviço na hora em que tudo aconteceu.
Descontrolado
O relato foi de que o agente da PN estava “totalmente descontrolado” – “Primeiro chutou o ‘balde de lixo’ e antes do desparro, esteve durante alguns minutos, a ‘discutir’ com a caixa 24”.
“Chegou até a acusar o caixa de roubo. Inclusive, confidenciou ao vigilante que a máquina ficou com seu cartão, por isso a revolta. Ele só não fez mais disparos porque a arma travou. O agente ficou ainda mais revoltado por não conseguir fazer mais disparos que arremessou a sua arma, que desmontou por completo”, contou Heidi, à mesma fonte.
Ganeto diz assim, que a situação é preocupante, sobretudo porque colocou em risco a integridade física do vigilante em serviço na hora do incidente.
Situação “comum”
Apesar deste ser o caso mais grave, envolvendo uma arma de fogo, a situação tem sido comum, na ilha do Monte Cara, segundo a mesma fonte.
“As situações de falta de dinheiro e de cartões retidos nos ATMs são frequentes. Já houve ameaças em outras ocasiões nas caixas Vinti4 da Praça Nova, de Ponte d’ Água e em Monte Sossego. Pelo simples facto das caixas se encontrarem sem dinheiro ou então por ‘engolir’ os cartões expirados, as pessoas reagem com violência”, avançou.
O representante do SIACSA, em São Vicente apela, por isso, a quem de direito para intervir.
“Desta vez, a revolta do agente foi direccionado apenas para o ATM, mas nunca o que pode acontecer…sobra sempre para o vigilante, que tem de abordar o cliente para evitar que este destrua um património, com socos e pontapés”, alertou.