A cantora “Tina Turner, considerada a ‘Rainha do Rock’n Roll’, falecida, ontem, Quarta-feira, foi uma das cantoras de rock mais bem-sucedidas de sempre e alcançou um sucesso estrondoso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Convidamos os seguidores do A Nação online a conferirem algumas das suas músicas mais famosas que estiveram várias vezes no topo das listas das mais tocadas em todo o mundo.
Tina Turner, lançou 14 álbuns entre 1960 e as duas primeiras décadas do século 21. Esteve várias vezes no topo das listas de mais tocadas, foi trilha de filme e novela, regravou clássicos com nova roupagem, cantou rock e baladas e se tornou um ícone dos palcos com uma energia que inspirou até Mick Jagger, dos Rolling Stones.
Confira abaixo os links de algumas das músicas mais famosas da cantora:
We don’t need another hero (Thunderdome)
A primeira versão desta música aparece num single de 1984 para mais tarde entrar no álbum Private dancer e na trilha sonora de Mad Max. Escrita por Graham Lyle e Terry Britten, é uma das músicas mais conhecidas de Tina Turner e chegou ao número dois da lista das 100 mais tocadas da Billboard. A música ganhou uma indicação como Melhor Música Original no Globo de Ouro e outra como Melhor Performance Pop Feminina no Grammy.
Faixa do álbum Ike &Tina Turner, de 1966, a música foi uma das mais tocadas da época e marca o início de uma era na qual a dupla faria muito sucesso, mas também protagonizaria muitos episódios de violência. Tina só deixaria Ike nos anos 1970, após anos de violência doméstica. River deep mountain high foi regravada pelo Deep Purple, por Celine Dion e pelo elenco da série Glee. Também está entre as 500 canções mais importantes da história da música segundo a Revista Rolling Stones.
Tina Turner gravou o clássico de Al Green em 1984 e a faixa entrou para o álbum Private Dancer. A música ficou muito conhecida na época e foi retomada ao entrar para a trilha sonora de Pulp Fiction, filme de Quentin Tarantino.
Gravada em 1989 no álbum Foreign affair, a música tornou-se um dos hits mais reproduzidos da cantora. Assinada por Mike Chapman, a canção foi considerada pela crítica uma das mais importantes da cantora.
Em ritmo de balada, a música título do álbum lançado em 1984 é também uma faixa emblemática, gravada após anos de luta contra o relacionamento conturbado com Ike Turner. A faixa tem versos simbólicos sobre o relacionamento com o mundo masculino.
Premiada com três Grammys, a música está no quinto álbum de estúdio de Tina Turner, Private dancer, e fez enorme sucesso ao subir para as primeiras posições da Billboard Hot 100.
Gravada no álbum Foreign Affair, em 1989, fez sucesso no Brasil como trilha da novela Top Model. Com teor feminista e letra de Albert Hammond e Graham Lyle, a faixa fala de mulheres maduras e emoções verdadeiras.
Tina Turner: “Rainha do Rock’n Roll’ e uma figura “lendária” e “icónica”
Nascida nos Estados Unidos, Tina Turner cantora “Tina Turner, morreu ontem, Quarta-feira,24, aos 83 anos, na sua casa em Kusnacht, perto de Zurique, na Suíça, onde vivia com o marido Erwin Bach desde 1994. A “Rainha do rock’n’roll”, que vinha lutando desde 2016 contra um cancro no intestino, adquirira nacionalidade suíça e tinha renunciado à americana em 2013.
O comunicado sobre a sua morte refere que “o mundo perde uma lenda da música e um exemplo” enquanto que as redes sociais em todo o mundo enchem-se de despedidas a Tina Turner considerando-a uma “Rainha”e uma figura “lendária” e “icónica”.
Vencedora de oito Grammys
Anna Mae Bullock, nome de baptismo de Tina Turner, nasceu a 26 de Novembro de 1939 em Nutbush, no Tennessee (EUA), tendo ininiciado o seu percurso musical quando ainda era adolescente, cantando em coros da igreja e em espectáculos de talentos.
Ao longo da carreira, Tina Turner venceu um total de oito prémios Grammy, incluindo um prémio de carreira em 2018, entrou no Rock and Roll Hall of Fame e tem uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood. As suas atuações ao vivo, caracterizadas por rotinas de dança enérgicas e a sua voz ardente característica, tornaram-se lendárias.
Talento e energia vibrante
O seu talento e energia vibrante levaram-na a juntar-se à banda de Ike Turner, os Kings of Rhythm, na década de 1950. Foi nessa altura que adoptou o nome artístico Tina Turner. A carreira de Turner disparou nas décadas de 1960 e 1970 como parte da dupla dinâmica Ike & Tina Turner.
As suas actuações eletrizantes ao vivo e os êxitos no topo das tabelas, como “Proud Mary” e “River Deep – Mountain High”, fizeram de Ike Tuner e Tina um dos grupos de R&B de maior sucesso da época.
No entanto, a vida pessoal de Tina foi marcada por uma relação abusiva com Ike, da qual conseguiu escapar no final da década de 70, sendo que, a partir dessa altura, assumiu uma carreira a solo na década de 80, alcançando vários sucessos, como o seu álbum “Private Dancer” (1984) que será lembrado como um fenómeno mundial – nele constavam singles como “What’s Love Got to Do with It” e “Better Be Good to Me”.
Voz rouca e distinta e energia ilimitada em palco
A voz rouca e distinta de Tina Turner, a sua energia ilimitada e a sua presença dinâmica em palco cativaram audiências em todo o mundo, solidificando o seu estatuto de “Rainha do Rock ‘n’ Roll”.
Nos ecrãs, Turner também se dedicou à representação, aparecendo em filmes como “Tommy” (1975) e “Mad Max Beyond Thunderdome” (1985).
A vida de Tina Turner foi contada na sua autobiorafia I, Tina, no filme What’s Love Got to Do with It, no musical Tina e no documentário com o mesmo nome.
Nunca demais realçar que, para a história fica imortalizada em sucessos como ‘The Best’, ‘Proud Mary’, ‘Private Dancer’ ou ‘What’s Love Got to Do With It’ que ainda hoje tocam nas rádios de todo o mundo. A sua voz inconfundível continuará a fazer parte do cenário musical universal, num legado incontornável para a música internacional.