O novo Comandante Regional da Polícia Nacional, em São Vicente, Maximiliano Fortes, considerou que a corporação está a fazer “bom trabalho” para combater a criminalidade “sem a força musculada e de cara tapada que era a BAC”. O mesmo sonsidera que “a necessidade de reactivação da BAC não é entendimento geral da sociedade sanvicentina” e afirma que os crimes diminuíram nos últimos meses.
A população sanvicentina tem recorrido, com frequência, às redes sociais, pedindo que a Brigada Anti-Crime – BAC – volte às ruas devido ocorrências recentes de “caçu body”, assalto armado a estabelecimentos comerciais, com recurso a facas e catanas e até assassinatos.
Recorde-se que a BAC, atualmente desativada, operava há uns anos, com intervenções de cara tapada e fortemente armada para tentar combater a criminalidade na ilha.
Sobre a questão da reactivação desta brigada, Maximiliano Fortes reitera que “não é entendimento geral da sociedade sanvicentina” e afirma que “actualmente queremos trabalhar perto das pessoas, com foco na prevenção e também reagir quando for necessário, mas com serenidade, inteligência e profissionalismo”.
Ocorrências diminuíram nos últimos meses
Pelo contrário, o comandante que assumiu o cargo a 15 de Abril último, após a aposentação da Firmino Melício, garantiu que a corporação tem estado nas ruas e zonas do Mindelo com “equipas motivadas, definidas por sectores e cumprindo o objectivo de dar segurança, já notada por muita gente”.
Prova disso, conforme o subintendente da Polícia Nacional, é que as ocorrências registadas nos últimos meses, por exemplo, de assaltos armados a estabelecimentos comerciais, “já diminuíram” e das intervenções detiveram suspeitos em flagrante delito e alguns já estão em prisão preventiva.
“Acredito que estamos a fazer um bom trabalho sem a força musculada e de cara tapada que era a BAC”, reiterou Maximiliano Fortes, para quem o facto de o núcleo de “ninjas” não estar neste momento nas ruas, não quer dizer que a polícia não esteja a trabalhar.
“A necessidade de reactivação da BAC não é entendimento geral da sociedade sanvicentina”
Questionado ainda sobre as críticas apontadas ao núcleo de algum exagero nas suas operações, o comandante regional não quis aprofundar o assunto e somente assegurou que neste momento a estratégia não passa pela utilização desta “força musculada”, mas sim, a PN “actua de cara destapada e com muita boa-vontade”.
“A necessidade de reactivação da BAC não é entendimento geral da sociedade sanvicentina, actualmente queremos trabalhar perto das pessoas, com foco na prevenção e também reagir quando for necessário, mas com serenidade, inteligência e profissionalismo”, salientou.
A segurança é responsabilidade de todos os cidadãos
Maximiliano Fortes lembrou que a questão da segurança não é apenas responsabilidade das autoridades policiais, e sim de todos os cidadãos, que, sublinhou, “podem trabalhar na prevenção e reduzir os crimes de oportunidade”.
Mesmo assim, o comandante pediu que as pessoas confiem na PN, que tem estado a dar o seu “máximo e com foco na legalidade”.
C/ Inforpress