Celebra-se hoje, 1 de Maio, o 49° aniversário do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal, espaço que durante 38 anos encarcerou presos políticos portugueses, angolanos, guineenses e cabo-verdianos.
Em nota de imprensa, o IPC – Instituto do Património Cultural lembra que neste espaço perpetuaram-se várias práticas desumanas, como maus tratos, isolamento, humilhações, torturas, espancamentos, trabalhos forçados, uma alimentação deficitária, destacando a falta de assistência médica, todos eles devidamente aprovados pela cúpula do regime fascista.
Nesse sentido, o Campo de Concentração do Tarrafal constitui hoje assim um espaço de memória da resistência e luta pela liberdade dos povos.
A perpetuação destas memórias vêm sendo assumidas através da musealização do espaço com vista a promover o diálogo pela paz e o respeito pela dignidade da pessoa humana.
Neste quadro, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas através do Instituto do Património Cultural, realiza no dia 02 de maio, a partir das 10h, no Campo de Concentração do Tarrafal, uma conversa entre alguns dos ex-presos políticos cabo-verdianos, nomeadamente: Arlindo Gomes dos Reis Furtado, Luís Furtado Mendonça, Gil Querido Varela e o ex. combatente da liberdade da pátria Julião Lopes Cabral, contando com a presença dos alunos das escolas secundárias do agrupamento I e II do 10º e 11º ano.