Assinala-se esta segunda-feira, 1 de Maio, o Dia do Trabalhor. Um pouco por todo o país estão previstas manifestações dos trabalhadores cabo-verdianos reivindicando melhores condições salariais e de vida, no geral, chamando atenção para os vários problemas que afectam as famílias cabo-verdianas.
Estão previstas várias manifestações esta segunda-feira, 1 de Maio, Dia do trabalhador, um pouco por todas as ilhas do país. O Sindicato da Indústria, Serviço, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP) já tinha anunciado, na semana passada, que os trabalhadores vão sair à rua em “sinal de protesto” contra os problemas que afectam o país.
Conforme já havia avançado em conferência de imprensa, Eliseu Tavares, sindicalista e coordenador da Plataforma Unir e Resgatar a União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (PUR UNTC-CS) a manifestação visa chamar a atenção do governo para os problemas que vêm “apoquentado” os trabalhadores e as famílias cabo-verdianas.
Esta manifestação colectiva resultou de um encontro entre os sindicatos de várias ilhas que estiveram reunidos recentemente na cidade da Praia.
Entre as causas do protesto que levam os trabalhadores cabo-verdianos às ruas neste dia simbólico de 1 de Maio está a situação laboral em Cabo Verde com efeitos “nefastos e preocupantes” na vida das famílias e do país no geral.
A perda de poder de compra, o aumento de impostos, a subida exagerada dos preços dos bens de primeira necessidade e a subida dos preços de transportes são algumas das razões que levam os trabalhadores às ruas neste 1 de Maio.
Na Praia, a concentração acontece no Centro Social 1º de Maio, na Fazenda, a partir das 8h30.
Porto Novo sai à rua também
Também em Porto Novo, está agendada uma manifestação para as 10h00, para chamar atenção do Governo sobre a necessidade da actualização dos salários que não têm acompanhado a inflação, causando grandes constrangimentos às famílias.
Conforme avança a Inforpress avança, a manifestação foi convocada pelo Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão. O secretário permanente, Carlos Bartolomeu, informou que a passeata é para chamar atenção dos municípios de Santo Antão e do Governo para “a situação complicada” em que se encontram os trabalhadores nesta ilha.
Nesse sentido, apelou à adesão dos trabalhadores e às suas respectivas famílias, bem como à sociedade civil em geral.
“A manifestação visa alertar as câmaras municipais de Santo Antão e ao Governo para a situação complicada dos trabalhadores, que estão a perder o seu poder de compra devido à não actualização dos salários”, explicou o sindicalista.
O mesmo alertou para a situação “muito difícil” dos trabalhadores e para “as dificuldades” por que passam as famílias da ilha de Santo Antão.
