“Maria” faz parte do álbum “Nez Txada skúru dentu skina na braku fundu” lançado em janeiro de 2023 e que conta com 11 faixas.
Segundo nota de imprensa o videoclipe retrata um “episódio de intolerante violência, onde a luz quase se apaga e essa penumbra é inflamada pelas luzes de sirenes e rasgada por gritos e raiva pela indiferença”.
A música é uma adaptação de um excerto do clássico “Maria Oh Maria” dos Mão Morta estilizada ao estilo próprio de Scúru Fitchádu.
Perfil
Scúru Fitchádu é filho de mãe angolana e de pai cabo-verdiano. Do concelho do Bombarral, em Portugal, onde cresceu, teve as referências do metal, do punk e do grunge. Em Almada, para onde se mudou aos 16 anos, acabou por incorporar o hip-hop, também.
O ano passado participou inclusive no AME.
Recentemente Fitchádu apresentou uma versão limitada, em vinil, do seu álbum “Nez Txada Skúru dentu skina na braku fundu” lançado em janeiro passado.
O álbum sucessor de “Un Kuza runhu” (Uma coisa ruim) de 2020, é composto por 11 temas, conta com as participações de Cachupa Psicadélica, Henrique Silva (Acácia Maior), O GAJO e tem o artwork assinado pelo artista visual mindelense Alan Alan.
“Nez txada skúru dentu skina na braku fundu” (Nesta achada escura na esquina num buraco fundo) é um trabalho conceptual, assegura o artista.
O seu trabalho assenta em toda uma base de “inspiração nas dinâmicas sociais do espectro urbano, estabelecendo um paralelismo direto entre as conjunturas do ambiente contemporâneo e os fracturantes movimentos revolucionários panafricanistas”.
Este disco é pontuado por sonoridades experimentais, batidas pujantes, baixos distorcidos e samples que contam histórias sempre sob “uma omnipresente tutela afro”.