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Cultura

AME: Organização quer maior profissionalização do festival

O director-geral do Atlantic Music Expo (AME) solicitou hoje ao Governo uma sala de incubação, no Palácio de Cultura Ildo Lobo, para que a organização possa melhor preparar, este que é o único mercado de música mundial na região africana. Gugas Veiga atentou também à necessidade de profissionalização do festival. 

O pedido de incubação foi feito por Gugas Veiga no Auditório Nacional Jorge Barbosa, na Cidade da Praia, durante o ato de abertura da 9ª edição do AME, que ficou marcada por um espetáculo com vários ritmos exclusivamente cabo-verdianos.

Por seu lado, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, assegurou que o AME vai continuar a ter o forte apoio do Governo, visto que se trata de uma referência no mundo e no panorama cultural e musical de Cabo Verde, um grande momento de troca de experiências, bem como uma excelente oportunidade para promoção de negócios, sobretudo para os artistas nacionais que podem ser selecionados para festivais internacionais.

Quanto à incubação do AME no Palácio de Cultura Ildo Lobo, avançou que faz todo o sentido, as instalações são propícias para este efeito e vão permitir que haja a continuidade do evento, pelo que o Governo vai continuar a apoiar.

“Achamos que já se chegou a um ponto em que se tem de ser mais profissional”

O director-geral do Atlantic Music Expo ressaltou que apesar do AME ser um marco cultural de Cabo Verde para o mundo, onde já se passaram mais de 700 músicos, mais de 200 bandas e artistas, mais de 200 jornalistas nacionais e internacionais, ainda existem desafios.

Desafios estes que Gugas Veiga diz que passam pela necessidade da realização do evento de forma mais profissional, mormente o financiamento e um espaço para organizar o evento.

“Nós não temos um escritório, não somos profissionais no AME, todos temos outros trabalhos o AME é uma atividade que fazemos extra sem receber nada, pelo nosso País, pela música, mas achamos que já se chegou a um ponto em que se tem de ser mais profissional”, concretizou Gugas Veiga.

“O maior desafio que nós temos é financiar o AME, porque não tem fins lucrativos, nós distribuímos aquilo que conseguimos pelas agências de viagens, rentcars, hotéis artistas, empresas de som e iluminação de palco distribuímos por todo o ecossistema”, acrescentou.

Ressalvou ainda que o orçamento para este ano está incompleto, daí a necessidade de se trabalhar de forma “mais profissional”, até para que se consiga “mais financiamento e fazer mais e melhor” pelo AME.

AME 2023

O cartaz do AME 2023, que arrancou ontem, é composto por cerca de 120 artistas e músicos de mais de quinze nacionalidades, com um total de 26 actuações distribuídas pelos palcos da Pracinha Escola Grande, Praça Luís de Camões, Rua Pedonal e Osteria, além do Auditório Nacional.

O evento, que decorre até quinta-feira, 13, é orçado em 18.500 contos, numa parceria público privada entre a empresa que gere o AME, a Associação Cabo Verde Cultural, constituída por dez empresas nacionais, e o Governo, através do Fundo do Turismo, Câmara Municipal da Praia e de outras empresas parceiras.

 

C/ Inforpress

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