Tem apenas 17 anos e é o rosto do xadrez feminino em Cabo Verde. Foi vice-campeã nacional em 2022 e representou o país nas olimpíadas de xadrez na Índia. Aprendeu o jogo do tabuleiro pela internet, praticou no clube da escola e é, actualmente, uma promessa nacional.
Aos 15 anos, Juliana Monteiro interessou-se pelo xadrez. Pela internet, através do YouTube, dava os primeiros passos para aprender o jogo do tabuleiro.
“Via os jogos dos grandes mestres e achava interessantes as coisas que podiam fazer apenas com um tabuleiro de 64 casas”, conta.
Mas foi na escola que começou a jogar. O clube de xadrez da Escola Salesiana, em Mindelo, que nem sabia se existia, foi onde Juliana participou nos primeiros jogos, apesar do receio inicial.
Mas a dúvida logo transformou-se em certeza. Do clube de Xadrez da escola, representou o país nas olímpiadas da modalidade na índia.
Vice-campeã aos 17
Aos 17 anos, a estudante mindelense é, também, vice-campeã nacional de xadrez, conquistado ano passado no primeiro campeonato nacional feminino da modalidade, realizado na ilha do Sal, entre 13 jogadoras.
Juliana é, pois, o rosto do xadrez feminino nacional e como diz, escolheu o jogo da vida, de aprender a fazer escolhas e lidar com as consequências e vai “manter-se firme” na modalidade, porque a curiosidade transformou-se em sonho.
Mulher no Xadrez
O xadrez é um desporto emergente em Cabo Verde. A sua federação tem apenas seis anos e possui 160 jogadores federados, entre eles apenas 30 mulheres. O presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez, diz que se quer mais mulheres no desporto, tanto é que elas estão isentas de taxas, uma forma de diminuir a participação tímida. Para Junho acontece a segunda edição do campeonato nacional feminino de xadrez
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 813, de 30 de Março de 2023