A Escola de Samba Tropical vai abrilhantar as ruas do Mindelo, a partir das 21 horas de hoje. Além de Luisa Morazzo, o grupo vai também prestar uma homenagem a Cely Fortes, falecida na madrugada de hoje, depois de se ter equacionado cancelar o desfile. Mil e 200 foliões estarão na avenida. Dadas as circunstâncias, é esperada muita emoção no desfile.
Depois de dois anos de paragem, devido à pandemia da covid-19, o grupo da Escola de Samba Tropical regressa na noite de hoje às ruas do Mindelo, prometendo mais um desfile com o “glamour” de sempre.
A agremiação promete entrar na Rua de Lisboa pelas 21h00 trazendo consigo o enredo “Reviver o Passado é Celebrar Duas Vezes”, em homenagem à fundadora Luísa Morazzo.
A Escola de Samba Tropical, conforme os responsáveis, trará para a avenida aquela que sempre a levou para a avenida e irá celebrar a vida de Luísa Morazzo, colocando-a no centro de uma história, cujos “principais e mais marcantes capítulos, foram escritos por ela”, sublinhou a direcção do grupo, acrescentando que o enredo é “muito mais do que uma biografia”.
O enredo, asseveram, representa uma “história de amor, de alegria, de folia, de cor, luz, paixão e linhagem”, que será descrita através de 22 alas, composta por cerca de 1.200 foliões, um tripé abre alas e um carro alegórico.
Grupo decide honrar “compromissos”
Entretanto, recorde-se que, depois de ter sido equacionado se o desfile de logo mais à noite, do samba Tropical, ia acontecer, ou não, o presidente David Leite já garantiu, em entrevista à RCV, que sim, e explicou o porquê.
“É claro que toda a comunidade do Carnaval de São Vicente está imbuída de uma grande tristeza, neste momento, mas a Escola de Samba Tropical tem um compromisso enorme não só com a ilha de São Vicente, mas com todo a País e a diáspora e tem grandes responsabilidades. A decisão é que faremos o nosso desfile, por causa dos compromissos assumidos”, disse.
“Não obstante a tristeza”, prosseguiu, durante o desfile vão “cantar e reconhecer Cely em homenagem ao que ela fez pelo Carnaval, pelo desporto e pela Escola de Samba Tropical”, argumentou.
Recorde-se que Cely Fortes era irmã de Josina Fortes, Deputada do PAICV, e filha da activista do Carnaval e presidente do Grupo Vindos do Oriente, Lili d’Chala, que faleceu a 22 de Janeiro de 2022. Inclusive, no início do desfile oficial de terça-feira,21, já estava prevista uma homenagem à sua mãe, Lili d´Chala.