O presidente da Associação de Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, no concelho do Porto Novo, Santo Antão, disse hoje que a queda de rochas e o deslizamento de terras na zona de Catano continuam “preocupantes”. Por este motivo, solicita a monitorização às autoridades competentes na matéria.
Arlindo Delgado reforçou que os moradores de Catano, um dos povoados da Ribeira das Patas, não têm tido tranquilidade nos últimos dois meses devido à queda de rochas e deslizamento de terras no local, que tem estado a intensificar-se nos últimos dias.
“A situação é preocupante. A população não tem tido sossego e pedimos às autoridades para continuarem a monitorar o local e tomarem as medidas que forem necessárias para a tranquilidade das pessoas”, pediu o líder associativo.
À Inforpress, os moradores confirmaram que a queda de pedras e o deslizamento de terras em Catano, que acontece desde o dia 23 de Janeiro, têm-se intensificado nos últimos dias.
Antónia Almeida, moradora da localidade, disse que “a população está muito preocupada”, já que é cada vez mais frequente a queda de rochas nessa zona.
Autoridades pedem tranquilidade
A Câmara Municipal do Porto Novo tem estado a pedir “tranquilidade” à população em Catano e já apelou às pessoas a evitarem a aproximação do local onde tem estado a cair pedras.
Uma equipa da protecção civil, integrada pela comandante da Região Norte de Cabo Verde, Vitória Veríssimo, um vulcanólogo e bombeiros voluntários do Porto Novo também esteve, recentemente, na Ribeira das Patas, tendo garantido que a queda das rochas e deslizamento de terras deve-se à erosão.
Actividade sísmica descartada
Vitória Veríssimo descartou qualquer actividade sísmica na Ribeira das Patas, explicando que se trata de “rochas que estão a cair por causa da erosão”.
Reconhece, porém, que este facto está a condicionar a segurança das pessoas, designadamente dos agricultores, que frequentam a encosta.
C/ Inforpress