Faleceu este Sábado, em Dakar, aos 86 anos, o médico cirurgião cabo-verdiano, Daniel Neves, tido como um dos pilares da comunidade cabo-verdiana no Senegal e não só. Nas redes sociais, multiplicam-se as manifestações de pesar e consternação pela perda daquele que é também considerado um “porto seguro” para inúmeros cabo-verdianos que se deslocam ao Senegal, nomeadamente para tratamento médico.
O Embaixador emérito do Ministério das Relações Exteriores e ex-Embaixador de Cabo Verde no Senegal, Raul Vera Cruz Barbosa, lamentou, na sua página de Facebook, a perda de “alguém especial”, prometendo que “o seu legado terá continuação”.
A escritora, poetisa e ex-ministra da Educação de Cabo Verde, Vera Duarte Pina, também lamentou, na sua página de Facebook, a perda de um “amigo querido” e “cidadão exemplar que sempre honrou a sua caboverdianidade”
“Ele e a esposa receberam-me sempre tão bem em sua casa. Eram meu porto seguro em Dakar e sei que o eram de muita gente”, escreveu Vera Duarte.
Várias outras personalidades cabo-verdianas no país e na diáspora também já reagiram à morte do “Doutor Neves”, como também era conhecido, destacando a sua faceta de “grande humanista”, “excelente profissional”, sempre disposto a ajudar o seu próximo, e um médico “samaritano” para todos os que o procuravam, principalmente os cidadãos cabo-verdianos aflitos que se deslocam ao Senegal à procura de tratamento médico.
Um dos impulsionadores da Carta do Rotary Club da Praia
José Maria Gomes Rebelo, membro da Rotary Club da Praia, lamentou, na sua página de Facebook, a perda de “um ilustre, um gentleman que salvou vidas e que foi um promotor e semeador de esperança e boa vontade no mundo”.
Conforme recordou, o falecido Daniel Neves “foi membro do Rotary Club Dakar, tendo sido um dos impulsionadores e promotores da proposta que deu origem, em 1992, à Carta do Rotary Club da Praia, clube esse, onde sempre marcou presença quando visita Cabo Verde”.
Daniel Neves, homem afável e bem humorado, era também conhecido como um intelectual com uma vasta cultura, com incursões na poesia e na música, sendo que algumas das suas composições foram, inclusive, interpretadas pelo saudoso Bana, conhecido como o “Rei da Morna”.
