Os imigrantes na Boa Vista passam a dispor, doravante, de uma “Unidade Local para a Imigração” destinada ao atendimento integrado de serviços tanto da Administração Pública como da Câmara Municipa da Boa Vista. A unidade, inaugurada Sexta-feira, 27, vai funcionar no edifício dos Serviços Sociais da Câmara Municipal (Edifício BUCAM), em Sal Rei.
A inauguração oficial da “Unidade Local para a Imigração” contou com a presença do ministro do Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, e do presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça.
Na ocasião, o ministério da Família e a autarquia boavistense, rubricaram um protocolo visando a implementação da referida “Unidade Local para a Imigração”.
“Este protocolo demonstra a alma, a forma de ser do país em lidar com o mundo. É aquilo que se deve fazer em todos os cantos de Cabo Verde que é criar todas as condições para que as estruturas do Estado, nomeadamente as Câmaras Municipais e Governo nas suas diversas representações tratem de forma digna, rápida e com eficácia os imigrantes que procuram os seus serviços”, considerou Fernando Elísio Freire.
Serviços para “melhor acolher” os imigrantes
O governante disse ainda que esta é forma que o país tem que tratar os imigrantes no que diz respeito aos serviços que podem precisar, desde a fronteira, quando chegam no aeroporto, legalização na parte da polícia e serviços de imigração e fronteira, nos acessos a empregos, residência, à luz e água, saneamento e todos os bens e serviços que precisam para relacionar com os serviços do Estado.
Fernando Elísio Freire defendeu que compete ao Governo organizar para que a “Unidade Local para a Imigração” seja o local onde os imigrantes não só terão acesso à administração pública quando seja necessário, mas também aos serviços locais da Câmara Municipal como o acesso à habitação, terrenos, licenças de actividades económicas, entre outros.
Aproximação com a comunidade imigrada
Pelo seu turno, o presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, considerou que o referido protocolo reforça a necessidade de um trabalho que permite a criação de um quadro legal para estabelecer ou responsabilizar entidades no sentido de dar maior vazão e maior corpo àquilo que são comunidades imigradas na ilha e no país.
Cláudio Mendonça disse ainda que a autarquia local tem feito um “trabalho extraordinário” de aproximação com a comunidade imigrada através dos seus grupos, e das suas comunidades religiosas, com particular atenção às suas preocupações e pedidos.
Neste sentido, apelou ao Governo e à presidente da Alta Autoridade para Imigração (AAI) a fazer todo o esforço possível no sentido de implementar a unidade para dar vazão a este processo de migração que está a acontecer e que vai continuar a crescer.
C/Inforpress