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Portugal: Altar-palco onde o Papa Francisco vai celebrar missa final da Jornada da Juventude vai custar 4,2 milhões de euros

O altar-palco onde o Papa Francisco vai celebrar a missa final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023), em agosto deste ano, em Portugal, junto ao estuário do rio Tejo, Lisboa, vai custar 4,2 milhões de euros. A infraestrutura vai ficar depois ao dispor da cidade e vai servir para receber grandes eventos mundiais. 

Segundo avança o Observador, que cita o acordo do contrato publicado na semana passada no Portal Base, a obra foi adjudicada pela SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana (empresa municipal da câmara de Lisboa que está responsável pelas obras no Parque Tejo para acolher a JMJ 2023) à construtora Mota-Engil por um total de 4.240.000 euros, a que acresce ainda o IVA.

Conforme a mesma fonte, trata-se de um valor muito mais elevado do que o que foi gasto em 2010 para a instalação do palco no Terreiro do Paço, em que o Papa Bento XVI celebrou a missa. Ou seja, a estrutura custou entre 200 a 300 mil euros. 

Ainda assim, a construção do palco para o Papa Francisco será diferente, uma vez que esta obra é realizada no âmbito da requalificação da totalidade do parque situado junto à foz do rio Trancão.

Câmara de Lisboa justifica-se e diz que “não é comparável” 

Em comunicado, a câmara municipal de Lisboa enviou ao Observador um esclarecimento no qual justifica o custo do palco destacando que a “ complexidade desta obra não é comparável a nada que tenha sido feito em Portugal”.“O Palco do Parque Tejo, onde estará instalado o altar, vai ter capacidade para acolher num mesmo momento até 2.500 pessoas que farão parte dos eventos que vão acontecer a 5 e 6 de Agosto no Parque Tejo. Entre orquestra, coros, e concelebrantes, este palco multiusos vai ser elevado a 9 metros do chão, com uma cobertura metálica que permite que o altar seja visto o mais longe possível, já que são esperados cerca de um milhão e meio de participantes nos quase 100 hectares de terreno do Parque entre Lisboa e Loures. Além do encontro com o Papa, vários concertos e representações vão acontecer neste palco nessas 48 horas”, diz a autarquia.“Não há comparação possível entre o altar onde o Papa Bento XVI celebrou uma missa em 2010 em Lisboa e o palco do Parque Tejo. Em primeiro lugar, a Jornada Mundial da Juventude é um evento de uma magnitude não comparável à de uma visita Papal. Para termos uma ideia da escala, o Parque da Bela Vista tem capacidade para acolher 90 mil pessoas, e o Parque Tejo vai receber mais de 1 milhão de jovens, o que significa que estamos a falar de 15 vezes a capacidade de um Rock in Rio, e este palco será visível de grande parte do terreno”, esclarece a autarquia lisboeta. Contudo, o palco não será apenas para a Missa, pois vão acontecer vários concertos que se vão realizar nesse palco nas 48 horas entre 5 e 6 de Agosto, que marcam o final da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, segundo a edilidade. 

O investimento, garante, irá ficar depois para servir a cidade e grandes eventos.

 “A obra do palco ficará para a cidade e será de fruição dos Lisboetas após a JMJ. A cobertura do palco manter-se-á e será rebaixada para poder ser usada em múltiplos eventos que passem a ter por palco o Parque Tejo, que servirá para acolher os maiores eventos do mundo ao ar livre”. 

1,5 milhões de jovens esperados

De notar que a câmara de Lisboa já se comprometeu a gastar até 35 milhões de euros em vários custos associados à organização da JMJ 2023, incluindo na requalificação do Parque Tejo-Trancão, que depois do evento ficará ao dispor da população da cidade.

A Jornada Mundial da Juventude vai decorrer entre 1 e 6 de Agosto em Lisboa e até final da semana passada já havia 400 mil jovens inscritos.

Conforme a mesma fonte, este será um dos maiores eventos alguma vez organizados em Portugal, em que vão decorrer, na cidade de Lisboa e em vários outros lugares da área metropolitana, dezenas de eventos paralelos, incluindo concertos, conferências, exposições e celebrações religiosas.Embora a organização não se comprometa com números concretos, as edições anteriores apontam para a possibilidade de estarem presentes entre um e 1,5 milhões de jovens na primeira edição portuguesa da Jornada Mundial da Juventude.

C/Observador

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