O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta segunda-feira,23, que enquanto português tem uma “dívida de gratidão” em relação a Amílcar Cabral, pelo que este Herói Nacional de Cabo Verde fez pela democratização do seu país.
“Como português tenho uma dívida de gratidão que não posso esquecer em relação a Amílcar Cabral e ao seu contributo para a democratização do meu próprio país [Portugal] e a descolonização”, disse Guterres que encontra-se em Cabo Verde a participar da Cimeira dos Oceanos que decorre em Mindelo.
O secretário-geral das Nações Unidas fez este “reconhecimento” à margem do encontro que manteve com o Presidente da República, José Maria Neves Palácio no Povo, em São Vicente.
António Guterres lembrou que este é o ano do centenário de Amílcar Cabral, “uma referência fundamental” para as Nações Unidas.
Homenagem a Cabo Verde
À saída do encontro com o PR cabo-verdiano que durou cerca de 30 minutos, este avançou que o “objectivo fundamental” do mesmo foi, da parte do secretário-geral das Nações Unidas, “prestar homenagem” a Cabo Verde.
“Este é um País que é vítima de ser um Estado insular e de uma ordem internacional profundamente injusta no plano financeiro e do comércio, e por isso quis exprimir ao Presidente da República a total solidariedade das Nações Unidas com Cabo Verde”, concretizou António Guterres.
O líder das Nações Unidos deixou ainda votos de que o esforço que Cabo Verde tem desenvolvido, nomeadamente na protecção dos oceanos, como “grande Estado marítimo”, tenha êxito e seja “profundamente recompensado” também pela comunidade internacional.
C/Inforpress