Por: José Miranda
Faço votos que tanto o Governo como o Parlamento e, sobretudo, as autarquias locais a nível de cada um dos concelho, recebam as Luzes e Graças Divinas para que, neste Ano de 2023 que, de antemão, já se prevê como mais difícil e termos de governança económica, após três anos de seca e da Covid-19, agravados pela guerra na Ucrânia, saibam encontrar estratégias adequadas e melhores para ajudar as famílias a sustentarem-se e para que ninguém se sinta carente de pão, água, luz, medicamento e vestuário, por causa dessas calamidades que a Natureza nos proporcionou.
Tenho estado a acompanhar, através dos Órgãos de Comunicação Social e das redes sociais, as políticas governamentais, tanto centrais como locais, para que as famílias mais vulneráveis não sofram. É de louvar, pelo menos, a visão de que alguém precise de ajuda para vencer as dificuldades.
Também é de agradecer as ajudas, tanto as já recebidas como as que irão ser distribuídas aos que de facto delas necessitem, o que, entretanto, considero insuficiente. Não é bom estar-se a formular cestas básicas da forma como ocorrem, para serem distribuídas às Famílias, sejam cidadãos nacionais ou estrangeiros, e depois dizer-se que ninguém passa a fome. Isto não passa de dar uma “esmolinha” aos cidadãos nossos irmãos, seja a um sofredor pela insorte ou por não ter usado a sua inteligência na vida do dia a dia.
Na minha opinião:
– Primeiro, há necessidade das autoridades se unirem e, reunirem-se de vez em quando, durante o tempo da crise económica que atravessamos para, juntas, estudarem e apostarem em melhores formas de ajudar os cidadãos a atravessar “esse mar vermelho, a pés enxutos”. Na sequência, devem ser executadas as avaliações necessárias para se observar os resultados dos métodos empregados, em vez de estarem ali no Parlamento ou em assembleias, a discutirem quem é melhor ou quem fez e ou faz melhor.
– Segundo, há necessidade da abertura de frentes de trabalho para todas as famílias ou cidadãos que se encontrem desempregados, estando em idade e capacidade próprias para o trabalho. Mas, utilizando métodos e engenhos adequados às mãos humanas e fazendo com que os que trabalham se sintam entusiasmados a fazerem com que os respetivos serviços se rentabilizem e, futuramente, venham a pôr cobro aos gastos para que fossem realizados.
– Terceiro, deve-se continuar a apostar em formações profissionais sim, mas de acordo com as necessidades do mercado de trabalho, que poderão ser próprios, públicos ou privados.
– Quarto, a aposta em ajudar os jovens na criação de empresas deve ser continuada, sim, mas tendo em atenção a diversificação das mesmas, não esquecendo que se todos se apostarem apenas nas vendas, faltarão dinheiro e ou clientes para comprar.
Finalmente, na minha opinião, os Governantes, sejam centrais ou locais, devem abrir “portas ou janelas” aos cidadãos e ouvi-los antes de lançarem mãos a quaisquer projetos relacionados com a sua proteção, para além dos deputados que, por vezes, estão mais preocupados com as defesas partidárias do que com os sofrimentos de seus concidadãos e eleitores.
Muito obrigado. Sejam felizes.
9/01/2023
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 803, de 19 de Janeiro de 2023