A seleção de Cabo Verde entra hoje, 12, em campo para a sua segunda participação no mundial de andebol. A nossa seleção mede forças com o Uruguai na primeira jornada do grupo C na competição. Depois de enfrentar o pesadelo da Covid-19 no mundial do Egipto, em 2021, este ano a seleção promete dar o melhor e mostrar qualidade na Suécia e Polónia.
A primeira participação de Cabo Verde no mundial de andebol, em 2021, no Egipto, esteve ensombrada pela Covid-19. O país participou de apenas um jogo frente a Hungria, até ser afastado devido ao vírus.
No mundial deste ano, a seleção promete estar a 100% e mostrar qualidade na Suécia e na Polónia. Esta segunda participação sabe como uma primeira vez, como diz o jogador da seleção, o internacional Flávio Fortes.
“A primeira participação fica com um sabe amargo devido a Covid-19. Não tivemos a oportunidade de nos expressar. Era a vontade de todos. Que esta edição venha a ser diferente e que possamos mostrar a nossa qualidade independente do resultado final”, perspectiva o jogador.
Cabo Verde perspectiva “boa atuação”
Para esta edição de 2023, Flávio diz que a seleção quer marcar presença ao mais alto nível no campeonato do mundo e conquistar o que ficou para trás no Egipto. Os vice-campeãos africanos medem força hoje, quinta-feira, frente ao Uruguai e dividem o grupo C com a Suécia e o Brasil.
Ter o Uruguai e o Brasil no mesmo grupo, segundo este internacional cabo-verdiano, não muda em nada a forma de encarar o jogo, pelo contrário, diz que todos os jogos vão ser encarados com o mesmo nível de responsabilidade.
Os Tubarões Azuis do andebol perspectivam uma “boa atuação” no mundial e esperam ultrapassar a fase de grupos e atingir o main round. O selecionador Jjubomir Obradovi
Jogadores “sem medo de ninguém”
Já o presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Tony Teixeira, diz que os jogadores vão jogar “sem medo de ninguém” e com respeito aos adversários. Os convocados estiveram num torneio de preparação na Suíça para ganhar ritmo competitivo, contudo, como diz, durante a preparação houve algumas lesões, o que levou a recuperação de alguns jogadores para o jogo de hoje.
Para o jogo de hoje tem havido uma “grande procura” por bilhetes por parte de cabo-verdianos na Suécia, como informa Tony Teixeira e também alguns pedidos pelo equipamento oficial da seleção.
Financiamento a gota-a-gota
A participação de Cabo Verde esteve, inicialmente, orçada em 23 mil contos, mas devido a adaptações o valor reduziu para 17 mil contos. Com uma caravana de 23 pessoas, incluídos os 17 jogadores, o plantel cabo-verdiano é um dos menores da competição. Tony Teixeira diz que a seleção ainda enfrenta algumas dificuldades para obter financiamento, já que os apoios tem sido atribuídos a “gota-a-gota”.
“Temos recebidos alguns apoios mas tem entrado a gota-a-gota. Há coisas que não esperam, quando se vai a uma competição do mundo deve-se fazer um esforço para que as coisas acontecem no momento, tem de ser no tempo das competições e não no tempo de Cabo Verde”, apontou Tony Teixeira.
O presidente da FCA aproveita para desafiar as empresas nacionais e entidades estatais a olharem de “uma outra forma” para o campeonato do mundo e financiando a seleção nacional, pois, como diz, só a presença de Cabo Verde na competição já é uma vitória.
Os convocados
Depois do jogo de hoje frente ao Uruguai, Cabo Verde defronta a Suécia no dia 14 e o Brasil no dia 16 de Janeiro. Da parte de Cabo Verde, os convocados são Élcio Fernandes, Luís Almeida, Edmilson Gonçalves, Paulo Moreno, Elledy Semedo, Guatthe
Participam do mundial de andebol 32 seleções, sendo a Dinamarca a atual campeã. A competição decorre de 11 a 29 de Janeiro na Suécia e Polónia.