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Cabo-verdiano mecânico de Pelé homenageia o rei no funeral 

O cabo-verdiano Afonso, emigrante no Brasil há 46 anos, homenageou o rei Pelé durante as cerimónias fúnebres ao ostentar camisas autografadas e uma medalha oferecida pelo próprio Pelé. Afonso foi mecânico do astro do futebol. “As Mercedes davam mais trabalho”. 

Na fila para se despedir do rei, a Band News encontrou o Afonso, cabo-verdiano emigrante no Brasil, há 46 anos, que levava consigo uma homenagem: uma camisa autografada e uma medalha oferecida pelo próprio Pelé.

Afonso explica que trabalhou para Pelé e família, desde os 15 anos, pois frequentavam a sua oficina.

As Mercedes

Ele diz que as duas Mercedes que Pelé teve foram as que ele mais trabalhou.

“As Mercedes eram as que davam mais trabalho, poucas vezes precisavam de manutenção, mas quando vinham, era um problema. Vinham do Guarujá, além dos carros, inúmeras vezes resgatei o pai do Pelé no Acapulco com o carro quebrado”, comenta, aos risos.

Relação próxima com a família de Pelé 

Ele conta que teve uma relação próxima com a família de Pelé. “Conheci a mãe dele, o Edinho, que vinha sempre na oficina, quando jogava no Santos. O irmão e o pai também, já visitei o túmulo deles no Memorial e agora pretendo visitar o túmulo do Pelé também”, pontua.

Afonso diz que Pelé o fez torcer pelo Santos desde Cabo Verde, tanto é que conheceu o Santos antes do Brasil.

“Eu escutava Santos de Pelé e sabia o que era, nem sabia o que era o Brasil. Lá eu conhecia só o Pelé, ele era demais, agora está jogando lá em cima no céu”, diz.

C/ Band News

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