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Saúde

Preços dos medicamentos podem aumentar este ano – admite ERIS

Os preços dos medicamentos podem aumentar em 2023, tendo em conta o aumento dos preços nos mercados de referência, nomeadamente Portugal e Espanha, admite o presidente da Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS), Eduardo Tavares.

Citado pela Inforpress, Eduardo Tavares adiantou que neste momento a ERIS aguarda pela apreciação e aprovação da proposta de revisão dos mecanismos de fixação dos preços de medicamentos, com o objectivo de corrigir algumas lacunas que foram identificadas ao longo da aplicação do mecanismo em vigor.

“Após a aprovação do Governo nós faremos a revisão dos preços dos medicamentos à luz desse mecanismo que, obviamente, terá de absorver os impactos da variação dos preços nos mercados internacionais”, indicou, adiantando que o processo de alteração do mecanismo foi um trabalho aturado, com auscultação de todos intervenientes.

Revisão anual

A revisão dos preços dos medicamentos é feita de forma ordinária anualmente, mas segundo Eduardo Tavares pode haver situações de revisão extraordinária, caso a determinado momento se note que há uma alteração significativa de preços nos mercados de referência para Cabo Verde.

Em Portugal, notícias veiculadas em Novembro e Dezembro, davam conta que, devido ao aumento dos custos de produção de medicamentos que se tem verificado ao longo do último ano, as associações que representam a indústria farmacêutica e as farmácias em Portugal e própria Ordem dos Médicos têm insistido junto do Governo para que haja uma revisão em alta do preço dos fármacos, sobretudo dos mais baratos, que apresentam margens de lucro inferiores.

Rupturas

O presidente da ERIS confirmou que Cabo Verde, sendo um País importador por excelência, tem registado rupturas de alguns medicamentos à semelhança do que acontece em vários países do mundo.

“Nós apenas produzimos cerca de um terço das nossas necessidades. E todo o resto é importado”, adiantou.

Essa fonte disse ainda que para os medicamentos importados existe essa “fragilidade” porque muitos países quando notam que determinados medicamentos estão em vias de entrar em ruptura “impedem a exportação a outros países”. Isso, garantiu, afecta naturalmente Cabo Verde.

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