A Associação LGBTI (população lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual) da Praia acredita que falta vontade política para estabelecer uma verdadeira igualdade das pessoas LGBTI perante a lei e a sociedade e respeitar, assim, os direitos humanos da comunidade.
Entre as principais violações dos direitos humanos da comunidade, a presidente da associação, Sandra Tavares, destaca o não acesso justo e igualitário à educação, ao emprego, ao tratamento médico e hormonal, bem como a negação do direito de construir família, casar e ter filhos.
“Os direitos cívicos precisam, de facto, existir e coexistir com a nossa realidade. É preciso cumprir com o direito de que todos nascemos livres e iguais, em dignidade e direitos. Falta vontade política e uma profunda coerência entre os princípios da nossa constituição, as nossas normas sociais e as nossas leis”, reconhece a presidente da Associação LGBTI-Praia.
Apesar disso, admite que os direitos humanos das pessoas LGBTI em Cabo Verde têm melhorado, principalmente nos últimos cinco anos, devido a parcerias com instituições nacionais e internacionais que têm ajudado a reforçar os direitos, mas admite que há um “longo caminho pela frente” para consolidar todos os direitos.