O Presidente da República, José Maria Neves defende que Cabo Verde também pode “ter” a sua “Sonangol do vento”. Numa entrevista concedida ao DN, à margem Cimeira Lusófona da Liderança, além da importância das energias renováveis para a sustentabilidade do país, JMN falou de democracia, liderança e da escassez de capital financeiro, que tem de ser potenciado de outras formas em prol do desenvolvimento.
Quando questionado se nas políticas públicas para 2023 haverá apostas em alguma área-chave que queira referir, JMN defendeu que em Cabo Verde “quase tudo é prioritário e chave”, mas, referiu que existem muitas áreas “essenciais”, dando a área das energias renováveis, como exemplo.
“Deus ou o criador, não pôs aqui nada, nem ouro, nem diamantes, nem petróleo, mas felizmente, descobrimos que nos deixou muito vento, muito mar e muito sol. O que mais brilha aqui é o sol”, começou por dizer.
Prosseguindo que Angola tem o petróleo e a Sonangol do petróleo, e que, “nós aqui podemos ter a nossa Sonangol do vento”, destacando que é uma área em que “podemos ir longe”.
“Temos o mar e, afinal, Cabo Verde pode ser grande, porque temos 800 mil quilómetros de território marítimo. Somos um Estado oceânico e temos enormes potencialidades nessa matéria, temos muito espaço nesta área para conceção, integração e articulação de novas políticas públicas para o mar”.
Tecnologias informacionais
O Chefe máximo do Estado cabo-verdiano apontou ainda as “tecnologias informacionais”, como outra das áreas.
“Portanto, afinal temos recursos que podemos aproveitar para fazer de Cabo Verde grande e realizarmos a nossa ânsia de desenvolvimento. Com isto podemos avançar com a nossa visão de construir um país moderno, competitivo e com oportunidades para todos. Estas são as duas áreas que sublinhava”.
