O primeiro-ministro disse reafirmou, esta quarta-feira, no Mindelo, que há um compromisso com a Autoridade da Zona Económica Especial Marítima para disponibilizar um terreno na Zona Industrial do Lazareto, destinado às instalações da Feira Industrial de Cabo Verde (FIC). A 25ª edição da feira decorre até sábado.
Ulisses Correia e Silva deu esta garantia, que não é nova, ao presidir à abertura da FIC, realizada nas instalações da Enapor em São Vicente, sob o lema “25 anos criando oportunidades de negócios”.
“Há compromissos porque precisamos do projecto com montagem financeira e, logo a seguir, podem estar garantidos de que o financiamento será assegurado com a comparticipação do Governo, da própria FIC e de outros parceiros”, assegurou o chefe do Governo.
Empresas contempladas no OE 2023
Por outro lado, anunciou um leque de medidas, políticas e reformas previstas no Orçamento do Estado de 2023, no quadro do Programa de Retoma, com vista ao aumento da capacidade de financiamento das empresas, ao fomento do empreendedorismo jovem e à criação de oportunidades de investimentos.
Entres as medidas, destacou o Fundo de Impacto no montante de 10 milhões de euros para “apoiar a recuperação de pequenas e médias empresas afectadas” pela crise da pandemia da covid-19, previsto para arrancar em Janeiro próximo, uma linha de crédito no montante de nove milhões de contos para o “reforço de tesouraria e crédito ao investimento em condições favoráveis”, créditos para start-ups, agronegócios, pesca semi-industrial e microfinanças.
Instalado em Janeiro
Anunciou também que o Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado estará instalado em Janeiro, para facilitar o acesso aos mercados de capitais internacionais e que o Programa Operacional do Turismo vai investir nos próximos 4 anos, 200 milhões de euros para melhorar a qualidade da oferta turística em todas as ilhas.
A nível de São Vicente, garantiu, o Governo vai reforçar a aposta na indústria, melhorar a infraestruturação da Zona Industrial do Lazareto (ZIL), a alteração do quadro legislativo que compõe a ZIL e do Parque Industrial para melhorar a atractividade e agilizar os procedimentos de licenciamento de actividades.
Uma história de luta e instalações impróprias
Por sua vez, a presidente do conselho de administração da FIC, Angélica Fortes, lembrou que “a história da FIC é de luta contra tendência e falta de meios, à cabeça da qual está a permanente realização do certame em instalações impróprias”.
Pediu, por isso, a “maior brevidade possível” nos investimentos necessários para o “desenvolvimento da FIC” e para “aumentar os seus benefícios sociais e económicos”.
Como exemplo, Angélica Fortes citou a requalificação das instalações da FIC, na cidade da Praia, para “aumentar o fluxo de expositores” e a “construção de instalações próprias do Mindelo”, lembrando que um “importante investimento tirou à FIC o seu espaço e onde já tinha feito alguns investimentos”.
Presenças
A 25ª edição da FIC, que decorre até sábado, conta com a presença de empresas provenientes de países como Cabo Verde, Portugal, Brasil, Estados Unidos, Áustria, Espanha, e países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), distribuídos pelos 200 standes.
Além da mostra de empresas, a FIC acolhe actividades paralelas, organizadas pela Câmara de Comércio do Barlavento (CCB), entre as quais um fórum que reúne os presidentes e responsáveis das empresas com a finalidade de debater as problemáticas do mercado.
C/ Inforpress