Um autocarro da linha 13, da empresa Sol Atlântico, incendiou-se, ontem, na rampa de acesso ao Hospital Agostinho Neto, no Plateau. O veículo, que ia a caminho da oficina, ficou totalmente destruído, mas não houve vítimas.
Conforme explicou o condutor Geremias Lopes, em declarações à imprensa, a dado momento teve a necessidade de interromper o percurso para levar o referido autocarro à oficina da empresa proprietária, em Achada Grande Frente, porque havia um cheiro forte de combustível.
Entretanto, revelou, quando estavam na rampa de acesso ao Hospital Agostinho Neto, viram que saía muito fumo da parte de baixo do autocarro. Três pessoas, incluindo o motorista, tiveram de abandonar de imediato a viatura, que logo em seguida explodiu.
Fogo propagou-se rapidamente
“O fogo começou a alastrar e não tivemos tempo para nada, não tinha como apagar as chamas. Quando saímos chamamos os bombeiros, que não vieram a tempo e quando chegaram o fogo já tinha ganho outras dimensões”, declarou.
Por sua vez, a passageira Lenira Brito, que se encontrava no interior do autocarro quando houve o incidente, disse que começaram a sentir o cheiro de combustível quando ainda se encontravam no bairro de São Pedro e que tudo aconteceu de repente.
“Estava a regressar do trabalho. Sinto que nasci de novo porque se as portas estivessem bloqueadas como costuma acontecer, poderíamos morrer carbonizados dentro do autocarro”, revelou.
Apelo para melhorar frota
A passageira aproveitou a situação para apelar aos gestores da empresa de transporte público, no sentido de melhorarem as condições na linha 13 porque, conforme referiu, os autocarros que circulam nesta linha estão em “péssimas condições e muito velhos”.
“Há cinco anos que trabalho no bairro de São Pedro e nunca tivemos um autocarro em condições, não há conforto, isto sem esquecer que o preço mensal do passe geral é de 2.900 escudos e ter um serviço público com condições precárias para pagar este preço não dá”, frisou.
Vento não ajudou
O comandante adjunto dos Bombeiros da Praia, Ronaldo Varela, disse, no local do incidente, que por volta das 16h30 receberam o alerta de uma viatura de transporte público que se incendiou e quando chegaram ao local, o incêndio já tinha alastrado devido ao elevado material combustível.
“Os bombeiros chegaram aqui com uma viatura de combate a incêndios de duas toneladas de água, apoiados por quatro efectivos. Só que quando chegaram ao local, o incêndio já tinha alastrado derivado ao elevado material combustível que existia na viatura. A dificuldade maior registada no combate do incêndio foi o forte vento no sentido norte-sul que dificultou a acção”, asseverou.
Entretanto, este responsável garantiu que os bombeiros municipais foram eficientes, conseguiram dar resposta, mas a constatação feita no local foi perda total da viatura, após cerca de 15 minutos para extinguir o fogo.
C/ Inforpress
