O Presidente da República endereçou, este domingo, 06, um reconhecimento a todas as forças de segurança, serviços de bombeiros e protecção civil, serviços de saúde, poderes públicos e também a sociedade civil, todos “merecedores de homenagens” no Dia da Defesa Nacional.
Em comunicado, o Chefe de Estado recorda que a data foi instituída em 2009, e que teve na sua origem enaltecer a forma “altruísta e patriótica” evidenciada pelos cabo-verdianos no combate para conter o alastramento da Epidemia da Dengue.
Situação semelhante, disse, verificou-se recentemente com a pandemia da covid-19, de onde foi possível extrair “ensinamentos que devem pautar o nosso futuro, em termos de estratégias e de comportamentos”.
Data deve ser “mais abrangente e mais justa”
“Uma das lições é a nossa vulnerabilidade a crises sanitárias, de efeitos letais comparáveis aos produzidos por uma guerra. Outra lição prende-se com a entrega incondicional das nossas Forças Armadas e outras Instituições de Defesa Nacional nesse combate, evidenciando espírito de missão e dedicação num campo de batalha diferente, mas com um inimigo igualmente perigoso, como se revelou o vírus da Covid-19”, observou.
Por este motivo, José Maria Neves defendeu que associar a data exclusivamente às Forças Armadas “não deixa de ser um pouco redutor”, pelo que, na sua visão, ela deve ser mais abrangente e mais justa.
“A Polícia Nacional, os Bombeiros Voluntários, os Serviços de Proteção Civil, a Cruz Vermelha, os serviços de Saúde, poderes públicos e privados, bem como toda a sociedade civil, são igualmente merecedores das homenagens quando o que está em pauta é a Defesa Nacional. Sempre que as circunstâncias assim exigiram, evidenciaram um enorme espírito de sacrifício, abnegação e resiliência, o que nos permitiu vencer essas sucessivas batalhas”, enalteceu.
“Espírito da constituição”
Este “djunta mon”, considerou, é a tradução, na prática, do espírito da Constituição da República, segundo o qual “a defesa nacional é a disposição, integração e ação coordenadas de todas as energias e forças morais e materiais da Nação, face a qualquer forma de ameaça ou agressão, tendo por finalidade garantir, de modo permanente a unidade, a soberania, a integridade territorial e a independência de Cabo Verde”.