No âmbito do projeto Costal Fisheries Iniciative – Challenge Found, uma equipa composta por técnicos da Direção Nacional de Pesca e Aquacultura, armadores, grossistas da Praia e da CV Ocean estão, desde esta quarta-feira, 05, numa missão aos Açores (Portugal) e Vigo (Espanha), a fim de conhecerem o funcionamento do sistema de lota, a ser implementado no Porto da capital.
Isto porque está em vias de implementação, no Porto da Praia, um regime de primeira venda do pescado fresco em lota, pelo sistema de leilão, como mecanismo regulador de preços no sector.
Segundo nota do Governo, este sistema visa reforçar a concentração da oferta e da procura, a transparência na formação de preços, o controlo higieno-sanitário do pescado, bem como o seguimento e a avaliação económica, ambiental e social da atividade de pesca.
No âmbito deste estudo, a delegação cabo-verdiana estará nos Açores e em Vigo até o dia 15 de outubro, a fim de conhecer, in loco, o funcionamento deste sistema e as tecnologias utilizadas, com vista a sua implementação em Cabo Verde.
Sustentabilidade
“O sistema de lota deverá promover a sustentabilidade dos armadores e do comércio grossista, num quadro de agregação de valor e de sustentabilidade económica, social e ambiental”, defende o executivo.
O projeto Costal Fisheries Iniciative – Challenge Found, cujo estudo de implementação iniciará pelo Porto de Pesca da Praia, é financiado pelo Banco Mundial.
O que é o sistema de lota?
Em Portugal, designa-se por lota o espaço num porto onde a primeira venda do peixe recém-capturado é efetuada, muitas vezes em regime de leilão.
O pescado, depois de verificado se cumpre os critérios de venda (tamanho, salubridade, etc.) é dividido por lotes, que são colocados à venda num leilão.
Entretanto, ao contrário do habitual em outros leilões, neste caso o leiloeiro começa por dar o preço máximo, e os compradores vão dando os seus lances, por montantes inferiores.