O Presidente da República, José Maria Neves, encorajou os empresários cabo-verdianos a estabelecerem parcerias e pontes para a geração de emprego no país. O repto foi lançado este sábado, no encerramento da Feira Checa em Cabo Verde, realizada nas instalações da FIC, na cidade da Praia.
José Maria Neves disse que Cabo Verde se afigura como um ponto de encontro de culturas e de nações, que resultou do nascimento do povo crioulo, razão pela qual considerou ser importante a preservação dessa identidade para que o país seja uma plataforma de encontro em áreas diversas, como a cultura, a moda, os negócios, para trazer o que de melhor se faz no mundo para Cabo Verde.
A produção da água, a possibilidade de o país passar a produzir aviões, oportunidades para desfiles da moda foram apontados pelo chefe de Estado como algumas das muitas valências que devem ser aproveitadas desta feira internacional para construir negócios em Cabo Verde, enquanto espaços para a abertura de novos horizontes e novos caminhos.
Fraca adesão nacional
José Maria Neves aproveitou a ocasião para manifestar a sua apreensão face à fraca adesão das empresas e câmaras municipais cabo-verdianas, já que apenas as autarquias do Maio e da Boa Vista aderiram ao projecto, por considerar que actualmente as políticas externas já não são feitas só pelos governos e Estados, mas sim por agentes outros como empresas, e personalidades diversas como as ONG.
No que concerne a esta primeira edição da Feira Checa em Cabo Verde, que teve a duração de três dias, o Presidente da República afirmou que a promotora Mónica Duarte, vice-presidente da Câmara de Comércio Checo-cabo-verdiana, está a transformar-se na primeira grande embaixadora deste arquipélago naquele país europeu.
Balanço positivo
Mónica Sofia Duarte, por sua vez, traçou para a imprensa um “balanço muito positivo”, alegando que o certame correu “muito bem”, de tal forma que os empresários checos encontraram oportunidades de implantar negócios em diversas áreas em Cabo Verde.
Para esta engenheira, a feira permitiu aos expositores abrirem portas para expandirem os seus negócios nos ramos de tratamento de resíduos, na produção de avião, de condensador de água, da máquina de perfuração da água, entre outras, convicta de que da próxima edição, na República Checa, aumente o interesse da parte cabo-verdiana.
A promotora da feira Checa em Cabo Verde considerou “normal” alguma desacreditação das empresas cabo-verdianas neste projecto por ser a primeira, mas disse ter ficado feliz pelas oportunidades de negócios geradas.
C/Inforpress