PUB

Santo Antão

Familiares de Autolindo Correia repudiam manifestação em prol de Amadeu Oliveira

Os familiares de Autolindo Correia Andrade, morto em 2015, por agressão com arma branca, por Arlindo Teixeira, cliente do advogado Amadeu Oliveira, emitiram, esta quinta-feira, uma nota de repúdio contra a anunciada manifestação de solidariedade a favor do advogado, que se encontra detido há mais de um ano, na Cadeia de São Vicente. O seu desejo é que os tribunais “não se deixem pressionar” e que “se faça justiça”.

 Nós, os familiares de Autolindo Correia Andrade, morto por agressão a facada, por Arlindo Teixeira, no dia 31 de julho de 2015 na localidade de Caibros, em Santo Antão, tendo tomado conhecimento de que um grupo de cidadãos da Ribeira Grande se prepara para realizar uma manifestação, dita de solidariedade, para com Amadeu Oliveira, viemos exprimir o seu mais vivo repúdio por tal iniciativa”, lê-se na nota, partilhada pelo irmão da vítima, Aldevino Andrade.

  A família sublinha que Amadeu Oliveira “se encontra preso e a responder perante os tribunais por ter, como ele mesmo não se cansa de gabar, planeado, financiado e executado a fuga de Arlindo Teixeira, impedindo que este respondesse em Cabo Verde pelo seu crime”.

Responsabilização 

Por este motivo, pergunta “aos organizadores” e “a todos quantos têm estado a exprimir apoio a Amadeu Oliveira”, se a referida manifestação de apoio estaria a ser organizada, caso a pessoa que foi morta fosse um ente querido.

“Amadeu Oliveira tem de ser responsabilizado por ter impedido que Arlindo Teixeira responda na Justiça em Cabo Verde, e cumpra a pena, pelo crime de homicídio que cometeu”, defendeu.

A família lamenta ainda que os mesmos que apoiam Amadeu “nunca tiveram uma palavra de solidariedade e de conforto para com os familiares da vítima”,

Promoção na comunicação social

Por outro lado, na mesma nota, denuncia aquilo que considera uma “promoção” a que Arlindo Teixeira e seu advogado, Amadeu Oliveira, têm merecido na Comunicação Social do país e junto da opinião pública.

“(…)como se matar uma pessoa, da forma mais vil e covarde, e fugir de seguida à justiça. Tivesse passado a ser um acto de valentia e heroísmo”, sustenta.

“Apesar da nossa persistente dor, agravada pelo sentimento de que teremos sido completamente abandonados à nossa sorte pelas autoridades públicas e pela sociedade, queremos continuar a acreditar na justiça deste país e em como, nem Amadeu Oliveira, nem qualquer outro cidadão, estará acima da lei”, referiu, por outro lado.

Espera, por isso, “que se faça justiça e que os Tribunais não se deixem pressionar por quem quer que seja”.

PUB

PUB

PUB

To Top