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Educação

Especialista da Universidade de Coimbra integra Comissão Económica da ONU para a Europa

Mónica Rodrigues, investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra (UC), vai integrar três Grupos de Trabalho na Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa, para participar nas Recomendações de preparação dos Censos 2030.

O objetivo desta colaboração, segundo a universidade, é promover uma reflexão aprofundada e adequada para que todos os países possam fazer uma análise criteriosa das suas populações no futuro recenseamento, em diversos domínios estruturantes, como habitação, migração e mobilidade.

Mónica Rodrigues vai integrar o painel de especialistas das áreas de Habitação, Características Domésticas e Familiares e Migração e Mobilidade (Nacional e Internacional).

Censos 2030

O objetivo de cada Task Force consiste em analisar as recomendações CES sobre os Censos da População e da Habitação, no sentido de produzir linhas de orientação que apoiem os países na preparação e realização do Recenseamento em 2030.

Neste processo, segundo explicou a especialista, «as recomendações revistas devem refletir a realidade dos países, as metodologias de recenseamento, recursos e prioridades de dados e desenvolvimento de estratégias a longo prazo dos Serviços Nacionais de Estatística».

Habitação

Ao nível da habitação, salienta as recomendações sobre as características da habitação, cujo objetivo é analisar a relevância e descrição das variáveis desta secção, particularmente as variáveis tipos de habitação e estatuto de ocupação das habitações convencionais.

«A habitação deve ser pensada numa perspetiva sistémica, como fator relevante da proteção e promoção da saúde de indivíduos e comunidades.. A falta de condições de habitabilidade e conforto pode ter impactos significativos na saúde e bem-estar da população, principalmente em indivíduos que passam a maior parte do seu tempo em casa (os idosos, os doentes, cidadãos em situação de teletrabalho ou lazer, cidadãos que vivem em isolamento e exclusão), ou que se encontram em situações de carência e vulnerabilidade várias», sublinhou Rodrigues.

Migração e mobilidade

No caso da Task Force Migração e Mobilidade, o trabalho vai centrar-se em compreender se «as definições, descrições e classificações utilizadas atualmente ainda são adequadas para captar os padrões de migração e mobilidade e mudança».

Neste contexto, explicou, «as alterações propostas podem ser cruciais e permitir que os Censos forneçam informações sobre outros tipos de migração que não a migração internacional a longo prazo, podendo incluir migração e mobilidade interna e internacional a curto prazo, migração de regresso, migração sazonal, repetida e circular».

O trabalho de cooperação da investigadora Mónica Rodrigues com a Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa vai prolongar-se até 2025.

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