Mais de uma centena de cidadãos mindelenses e não só assinaram uma carta de contestação endereçada ao Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, na sequência da saída de Irlando Ferreira do cargo de diretor do CNAD.
Na carta, partilhada com a comunicação social, o grupo manifesta, com “veemência”, a sua contestação à decisão do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de afastar Irlando Ferreira do cargo de Diretor do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), publicado no B.O. No 148 – II Série de 5 de setembro de 2022.
A decisão, entendem, prejudica gravemente o desenvolvimento do sector da cultura no país, tendo em conta a qualidade do trabalho que Irlando Ferreira vem desempenhando.
“A comunicação repentina do término da comissão de serviço do Dr. Irlando Ferreira no cargo de Diretor do CNAD, após um mês da reabertura do Centro, representa uma interrupção no desenvolvimento deste projeto, que ao longo dos últimos 7 anos restituiu a dignidade à instituição, estruturou o tecido do sector do Artesanato e promoveu a sua valorização junto da sociedade civil”, consideram.
O grupo diz ainda entender que, assim como defendeu o ministro, os cargos são temporários, mas diz, por outro lado, que “considerando que o projeto e os resultados apresentados com a inauguração foram amplamente elogiados”, as razões apresentadas não suficientes, nem convincentes para justificar essa “inoportuna demissão”.
Para além do ministro da tutela, a referida carta foi enviada também ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia Nacional, aos presidentes da Câmara e Assembleia Municipal de São Vicente, restantes câmaras municipais de Cabo Verde e ao Observatório da Cidadania Activa de Cabo Verde.