O site português “Jornal do Centro”, da cidade de Viseu, destacou neste sábado,3, a história da cabo-verdiana Luisiane Veríssimo, que aos 17 anos viajou para Portugal, país que, além dos estudos, escolheu para “criar raízes”.
“Escolhi criar raízes em Portugal, porque é um país a nível europeu que acolhe e integra os que vêm de outro país e esta foi uma das prioridades, visto que também tem acordos a nível escolar e burocrático com Cabo Verde”, disse a jovem de 29 anos a esse online.
Na mesma entrevista, Luisiane Veríssimo contou que chegou a Portugal em 2011 e que no passar dos anos, visitou Espanha, país onde acabou por ficar a trabalhar como Babysitter durante um ano, bem como a Suécia, onde viveu apenas dois meses.
Aposta em formações
Apesar da sua formação passar por Técnica de Gestão e Informática, Luisiane Veríssimo, com o objetivo de aprender mais, está atualmente a terminar o curso de Técnica de Comunicação-Marketing, Relações Públicas e Publicidade.
Questionada sobre a mudança para este país lusófono, a jovem confessa que “a mudança foi muito boa, inicialmente, fiquei a viver por uns dias em Lisboa, até conseguir reunir todos os documentos necessários para estar legalmente. Posteriormente vim para Viseu.”
A “vida corrida” no estrageiro
Ao comparar Portugal ao seu país de origem, a cabo-verdiana faz questão de destacar que “na Europa a vida é mais corrida, muito mais stressante a nível profissional, e no dia-a-dia.”
No entanto, confessa que se habituou e identificou-se rapidamente com o “povo português”.
Escolheu Viseu para viver e estudar, e o que mais lhe cativa da cidade de Viriato são as “oportunidades em sentido profissional”, mas também “a empatia das pessoas, do verde da natureza, das aldeias e de ser uma cidade pequena de fácil deslocação”.
Regresso “a casa”
Futuramente Luisiane diz que quer criar um negócio em Cabo Verde, mas tendo sempre “Portugal como segunda casa”.
Desde que chegou em 2011, regressou a Cabo Verde apenas uma vez. No entanto, a promessa de voltar continua em cima da mesa, pois as “saudades do clima” e de andar “descalça pelas ruas” e, acima de tudo, da “família” falam mais alto.