Os preços dos materiais escolares básicos e essenciais, com excepção dos livros, sofreram um “ligeiro aumento” em relação ao ano passado. Isto devido, sobretudo, ao aumento das taxas de importação, informaram as papelarias a operar na cidade da Praia.
Cadernos, lápis, canetas e outros materiais essenciais, à semelhança de outros produtos, sofreram um ligeiro aumento devido ao aumento, também, das taxas de importação, originado pela pandemia e pela guerra na Europa, conforme constatou a Inforpress.
Segundo o gerente da Papelaria Central, Rafael Rodrigues, o movimento em relação ao ano transato diminuiu, já que o poder de compra também caiu.
“Sabemos que neste contexto em que vivemos tudo aumentou lá fora e a taxa de importação subiu também, então tivemos que aumentar um pouco os preços aqui, mas com muito cuidado porque sabemos que isso também afecta a população em geral”, afirmou.
Aumento “nada abusivo”
Praticar preços altos afasta também a clientela, lembrou, sublinhando que tiveram que aumentar “naquilo que era possível, para sobreviver, mas nada abusivo”.
Rafael Rodrigues mencionou, de igual modo, que a Papelaria Central já dispõe de todos os materiais, com excepção dos livros que ainda não solicitou, “precisamente por questão da demanda que está menor” nesta conjuntura, em que muitos não têm condições de adquiri-los.
“Ajustes”
Por sua vez, a responsável pelos serviços do escritório da Papelaria Académica, Ana Barros, confirmou à Inforpress que os kits escolares sofreram um aumento nos preços, com excepção dos livros que são disponibilizados pelo Ministério da Educação.
“Os preços dos livros se mantiveram, mas os outros itens aumentaram um pouco o preço, porque são importados, e lá fora tudo aumentou, então, por isso, tivemos que fazer alguns ajustes”, sublinhou Ana Barros.
Informou ainda que a Papelaria Académica está apetrechada com todos os itens académicos, desde os cadernos aos livros, e já se nota alguma adesão da população, tendo salientado que as vendas “iniciaram-se bem”.
Também Arlete Tavares, uma das funcionárias da Papelaria Diocesana, que “tem vindo a ter alguma movimentação”, disse que se viram obrigados a aumentar o preço de alguns materiais escolares.
Manuais disponíveis
Na sua página de Facebook, o Ministério da Educação comunica que os manuais de todas as disciplinas do 1º ao 8º ano de escolaridade já estão disponíveis nas agências dos Correios de Cabo Verde, papelarias e livrarias. Os mesmos também se encontram disponíveis ‘online’, para consulta e download.
Informa ainda que o processo de elaboração e produção dos manuais do 9º ano está em fase de contratação pública, após o ano experimental e de validação técnico-científica dos programas introduzidos no ano lectivo transacto.
Quanto aos manuais do 10º ano serão elaborados em 2023-2024 e assim sucessivamente para o 11º ano e para o 12º ano.
As aulas começam a 19 de Setembro, sendo que as cinco primeiras semanas destinam-se à recuperação de aprendizagens.
C/ Inforpress