A presidente da Assembleia Municipal (AM) de São Vicente assegurou que vai estar atenta e fiscalizar os próximos passos da câmara municipal que deverá “começar do zero” depois de anuladas todas as sessões realizadas até agora.
Dora Pires falava à Inforpress, na sequência do relatório recebido na quinta-feira, 25, no qual consta a resposta do Ministério da Coesão Territorial, a quem a AM solicitou uma avaliação sobre a situação de impasse e algum atrito vivido desde Janeiro último, na Câmara Municipal de São Vicente.
A resposta, segundo a mesma fonte, chegou cerca de um mês após o solicitado, mostrando um “trabalho rápido e bem feito”, realizado a partir de uma “investigação muito profunda”.
“Este relatório nos dá uma lufada de ar fresco no sentido que parece para nós uma bandeira branca para a paz”, considerou Dora Pires, adiantando que a “grosso modo” o relatório anulou a sessão realizada no dia 02 de Janeiro, organizada com presença do presidente, Augusto Neves, e vereadores do MpD, mas sem os da oposição, PAICV e UCID.
Segundo disse, “todas as deliberações feitas na sessão foram consideradas nulas devido aos factos que antecederam a sua realização”.
Começar do zero
Por outro lado, conforme o documento, as deliberações tomadas em sessões feitas sem a presença do presidente e dos vereadores do MpD também devem ser consideradas “nulas”.
“Isto mostra que devemos começar do zero este ano, que já vai quase a três terços, faltando apenas três meses para o concluirmos”, esclareceu a presidente da AM, adiantando que agora a câmara e os vereadores da oposição, que têm um tempo de 11 dias para reagir, vão analisar o documento e justificar, “mas, certamente haverá cumprimento”.
Agora, adiantou a mesma fonte, Augusto Neves e os outros oito vereadores “devem sentar-se à mesa, dialogar e fazer o trabalho de todos esses meses, com união e determinação para o bem de São Vicente”.
Da parte da AM, Dora Pires promete fiscalizar e estar atenta para se recuperar o tempo perdido de 16 sessões camarárias sem realizar, o que provocou também atrasos de duas sessões no órgão que dirige.
A responsável espera receber “o mais rápido possível” o relatório de actividades e conta gerência de 2021 e também o orçamento para o próximo ano que está a tempo de ser analisado.
C/ Inforpress