As Quintas Eleições Gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais Partidos daquele País Lusófono da África Austral: o MPLA (Governo) e a UNITA (Oposição), que tentam conquistar a Presidência da República e a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional (Parlamento).
O candidato do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), que se recandidata a um Novo Mandato como Presidente da República, João Lourenço, votou esta quarta-feira, às 8H00 (06H00 em Cabo Verde), apelando aos Eleitores a que exerçam o seu Direito de Voto.
“Acabámos de exercer o nosso Direito de Voto, é rápido e é simples”, disse João Lourenço – citado pelo portal jn.pt -, exibindo o dedo indicador com tinta indelével e convidando os cidadãos eleitores a fazerem o mesmo.
No meio de uma enorme confusão de jornalistas, que envolveram João Lourenço para registar o momento, o candidato do MPLA – Partido que Governo Angola desde a sua Independência, a 11 de Novembro de 1975), salientou que todos saem a ganhar. “É a Democracia que ganha, é Angola que ganha”, declarou.
A Assembleia de Voto n.º 105 foi pequena para as dezenas de jornalistas, eleitores e observadores internacionais que se acumularam no local e onde estiveram também o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva, o ministro de Estado e da Casa Civil, Adão de Almeida, a governadora de Luanda, Ana Paula Carvalho, entre outras individualidades.
Adalberto Costa Júnior critica Processo
O Líder da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) apelou ao Voto dos Angolanos nas Eleições Gerais desta quarta-feira, mas criticou os procedimentos eleitorais, dando o exemplo da sua Mesa de Voto em que os Cadernos de Eleitores não foram distribuídos aos Fiscais.
A votar no Bairro 28 de Agosto, em Luanda, um Bairro de casas antigas e chão de terra, Adalberto Costa Júnior disse esperar que “os votos sejam todos contados” nas Eleições em que a UNITA, o principal Partido da Oposição, tenta destronar o MPLA (no Poder).
“Fiz a minha actualização” do Registo Eleitoral e “percebi que fui deslocado para outro local”, mas “fiquei satisfeito e votei no meio do meu Povo e constatei que a Votação está a ser feita sem Cadernos Eleitorais aos Fiscais, apenas um Caderno Eleitoral na Mesa”, afirmou aos jornalistas, Adalberto Costa Júnior, instantes depois de votar na Escola “Estrela da Manhã”, na Zona do Kilamba.
“Ainda assim, eu faço um apelo a todos os Angolanos: vamos todos ao Voto. Hoje é um Dia Histórico; é um dia em que eu espero que todos votem em ambiente de absoluta tranquilidade e no respeito das Leis”, afirmou Costa Júnior.
O candidato da UNITA disse esperar que seja possível “cumprir com a Festa que são as Eleições” e que “os Votos sejam todos, mas todos respeitados”.
Candidato do PRS votou com “sentimento de alegria”
O Candidato do Partido de Renovação Social (PRS) a presidente da República de Angola, Benedito Daniel, votou às 9H00 locais (07H00 em Cabo Verde), e manifestou “sentimento de alegria e de dever cumprido”, exortando à Afixação das Actas-Sínteses nas Assembleias.
“O sentimento é de alegria, é um dever cumprido e hoje é Dia de Festa, tínhamos de votar, viemos e exercemos o nosso Direito de Voto e esperamos que os Cidadãos também possam exercer o seu Direito de Voto”, afirmou o líder do PRS, após exercer o seu Direito de Voto na Assembleia 1.377, no Instituto Superior Politécnico do Bita, em Luanda.
Benedito Daniel disse, também, esperar que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) possa corresponder às expectativas dos eleitores.
“Pode haver esta ou aquela questão, mas esperamos que se possa afixar nas Assembleias de Voto as Actas-Sínteses que revelam os Resultados Efectivos da Votação”, exortou o Candidato dos “Renovadores Sociais”.
Perpetuação
As Quintas Eleições Gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais Partidos daquele País Lusófono da África Austral: o MPLA (Governo) e a UNITA (Oposição), que tentam conquistar a Maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional (Parlamento).
João Lourenço, actual Presidente da República, tenta um Segundo Mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior.
No total, concorrem oito Formações Políticas, que tentam conquistar o voto dos 14,4 milhões de Eleitores.
As quase 13 mil Assembleias de Voto no País e Diáspora estão abertas desde às 07H00 locais (05H00 em Cabo Verde), com o fecho marcado para as 17H00 (15H00 em Cabo Verde).
O Processo Eleitoral, que conta com mil e 300 Observadores Nacionais e Internacionais, tem sido criticado pela Oposição, considerando-o “pouco transparente”.