PUB

Ambiente

Foya Branca preocupada com “assassinato à natureza” na praia de  São Pedro

A Administração do Hotel Foya Branca, em São Vicente, mostra-se preocupada com aquilo que classifica de um “desastre ecológico”, causado por uma construção de betão na praia de São Pedro, em São Vicente.

Trata-se de um Beach Club, que está enquadrado dentro do empreendimento São Pedro Hills Resort, em construção na localidade de Santo André, em São Pedro.

Para Luís Roll, CEO da Flag World e acionista do Foya Branca, as obras não respeitam as regras bases ambientais, nem a lei referente ao distanciamento de construção na orla marítima (mínimo 80 metros), como o conceito de construção amovível.

“A Praia de São Pedro claramente era uma praia que guardava a sua beleza natural e até protegida. É com tristeza que vejo o início de um claro assalto à natureza tão bem preservada até hoje”, lamentou, em comunicado enviado a esta redação.

O empresário sublinha que, no momento em que “o mundo inteiro se debate com os problemas ecológicos e fala em salvaguardar as espécies”, não se pode assistir a esse “tipo de assassinato a natureza”, sem que seja denunciado.

“Penso que é o nosso dever denunciar para garantir que não se continue a destruir a natureza e para não comprometer as gerações futuras”, sustentou.

Obra foi fiscalizada e autorizada

O Ministério do Mar, citado pelo online Notícias do Norte, reagiu a esta preocupação “legítima”, referindo que “a obra está em conformidade relativamente à licença de construção”.

“No caso em apreço, ao promotor de um empreendimento na ZDTI de São Pedro foi concessionada uma área na Praia de São Pedro para a construção de um apoio de praia, estando este munido de todos os documentos e autorizações legalmente exigíveis,” sustenta o parecer do Gabinete de Concessões do Ministério do Mar.

Ainda, esclarece que o apoio de praia ora em construção na Praia de São Pedro foi devidamente fiscalizado pela entidade competente, e que contém na sua base estruturas de betão amovíveis que servem apenas para que a estrutura final não assente diretamente na areia, preservando a mesma.

“Ademais, sublinhamos que o Ministério do Mar partilha da preocupação com o meio ambiente, cumprindo rigorosamente a legislação em vigor, que exige que todos os projetos construídos nas áreas de domínio público marítimo do Estado sejam previamente analisados e aprovados pela autoridade ambiental”, sublinhou.

PUB

PUB

PUB

To Top