O Balanço Provisório dos Incêndios na União Europeia (UE) indica um novo recorde nesta altura do ano, com mais de 660 mil hectares ardidos desde Janeiro, sendo Portugal o terceiro País com maior área ardida.
Desde 1 de Janeiro, os Incêndios devastaram 662 mil 776 hectares de florestas na UE, de acordo com dados actualizados no domingo, 14, pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) – citados pelo portal jn.pt -, que mantém Estatísticas comparáveis desde 2006, graças a Pmagens de Satélite do Programa Europeu Copernicus.
A área mais afectada pelos Incêndios é a Península Ibérica (Portugal e Espanha), e, embora a Época Alta dos Incêndios ainda não tenha terminado, os dados relativos à UE mostram a situação mais grave já vivida neste Período do Ano.
O anterior recorde para a Europa foi em 2017, quando 420 mil 913 hectares tinham ardido, até 13 de Agosto, e 988 mil e 87 hectares no total do ano, mais de 400 mil num só mês.
Áreas ardidas
A Espanha, com uma grave Seca e várias Ondas de Calor este Verão, viu 246 mil 278 hectares devastados por Incêndios, principalmente, na Galiza, no Noroeste.
Em termos de áreas ardidas, depois de Espanha são Roménia (150 mil 528 hectares), Portugal (75 mil 277 hectares) e França (61 mil 289 hectares), os Países mais afectados, segundo os dados do Serviço Europeu.
A França viveu anos piores na década de 1970, antes dos Dados Europeus normalizados, mas o ano de 2022 é o mais grave dos últimos 16 anos, de acordo com estes números, em grande parte devido a dois Incêndios consecutivos em Gironde, no Sudoeste do País, onde Bombeiros Alemães, Polacos e Austríacos chegaram esta semana como reforços.
Só no Período de Verão, “2022 já é um ano recorde”.
Seca Excepcional
A Seca Excepcional na Euriopa, aliada a Ondas de Calor, facilita o início dos Incêndios.
Estas condições eram observadas mais frequentemente em Países Limítrofes do Mar Mediterrâneo, mas “foi, exactamente isso, que aconteceu na Europa Central”, até agora, poupada por estes Fenómenos Meteorológicos.
Por exemplo, a República Checa viu um Incêndio devastar mais de mil hectares, o que é pouco comparado com outros Países, mas 158 vezes mais do que a média de 2006-2021, quando os Incêndios eram insignificantes.
Na Eslovénia, os Bombeiros demoraram mais de dez dias, em Julho, a controlar o maior Incêndio da História recente do País, ajudados por uma População tão mobilizada que o Governo teve de pedir aos residentes que deixassem de fazer doações aos Bombeiros.
Na Europa Central, as áreas ardidas são, contudo, ainda reduzidas em comparação com as dezenas de milhares de hectares em Espanha, França ou Portugal, mas a continuação do Aquecimento Global em toda a Europa só deverá acentuar a Tendência.
