A líder da Bancada Municipal do PAICV na Boa Vista, Gilda Marques, denunciou hoje uma agressão sofrida, alegadamente por um familiar, e acusa as autoridades de não agirem perante um indivíduo sobre quem já “recai várias denúncias”. “Hoje eu poderia estar morta por culpa de um sistema lento e burocrático”, acusou.
Ao A Nação, Gilda Marques, eleita municipal na Boa Vista, contou que sofreu a agressão este sábado – com pedra, um tapa na cara e ameaça de morte – perpetrado supostamente por um primo de primeiro grau que, segundo disse, quando consome bebidas alcoólicas fica “perturbado e agressivo”.
O caso teria acontecido por volta das 21 horas deste sábado, na localidade de Cabeça de Tarafes, onde a vítima tem um estabelecimento comercial.
“O indivíduo, do sexo masculino, na casa dos 50 anos, entrou no meu estabelecimento comercial aparentemente perturbado, perguntando se havia vinho. Eu respondi que não, começou com insultos e ofensas, me chamando de todos os nomes possíveis, então eu o convidei para sair do meu estabelecimento”, explicou.
Entretanto, continuou, o acusado teria entrado em um outro estabelecimento ao lado, e insultado outras pessoas que ali estavam, entre os quais o irmão de Gilda.
“Ao ouvir o barulho e a voz do meu irmão já aborrecido com ele, foi lá na tentativa de evitar que meu irmão entrasse em confusão. Peguei no indivíduo e afastei ele dali, enquanto outras pessoas tentavam acalmar meu irmão”, precisou, indicando que ainda chegou a acompanhar o suposto agressor até a casa onde reside, – casa da avó de Gilda, o incentivando a ir dormir.
“Eis que a menos de 10 minutos depois ele volta furioso, agressivo, em frente ao meu estabelecimento, gritando que iria matar a mim e a minha filha, chamando todos os palavrões possíveis de imaginar”, refere.
“Ainda sem entender a reação dele, me aproximei na tentativa de desviá-lo, mais uma vez, da confusão, que foi quando ele me acertou com um tapa no rosto. Corri pra me defender e ele, num estado totalmente enfurecido e perturbado, começou a atirar pedras na minha direcção”, detalha.
Gilda frisa que este não é primeiro caso de agressão atribuído ao indivíduo, indicando que há outras queixas feitas por outras pessoas que também já foram vítimas, pelo que o mesmo é já do conhecimento das instâncias judiciais.
“Hoje poderia estar morta, minha filha órfã de mãe, tudo por culpa de um sistema lento e burocrático. Vou levar este caso até as últimas instâncias, vou formar a queixa junto dos Tribunais, Polícia Judiciária, Polícia de Ordem Pública e queixa por VBG”, garantiu, chamando a atenção do Ministério Público, “antes que o pior aconteça”.
Este indivíduo já é de conhecimento das instâncias judiciais, existem outras queixas contra ele, e chamo a atenção do Ministério público antes que o pior aconteça.
Apesar das tentativas, até ao momento, ainda não foi possível confirmar os factos junto da Polícia Nacional na Boa Vista.