O Presidente da República, José Maria Neves, disse hoje que as autoridades competentes devem fazer um inquérito rigoroso sobre as circunstâncias da evacuação e da morte do adolescente Djonny, de 14 anos, ocorrido no passado dia 01 de Agosto.
O PR fez este apelo após, segundo disse, ter falado, ao telefone, com o enfermeiro e pai da vítima, João da Cruz, para ouvir a sua versão dos factos e saber da indignação dos bravenses.
Em um publicação na sua página pessoal do Facebook, José Maria Neves disse considerar importante que as autoridades competentes mandem fazer um “inquérito rigoroso sobre as circunstâncias da evacuação e da morte do adolescente”.
Medidas urgentes
Devem, segundo disse, por outro lado, ser tomadas “medidas urgentes” para se criar um “verdadeiro sistema de evacuação médica no país”, de modo a serem prevenidas situações do género, desgaste do sistema de saúde e descontentamento pelo nível de atendimento e de serviços prestados nos hospitais e centros de saúde.
“Deve-se auditar o atendimento em todo o sistema nacional de saúde. Tem havido muitas queixas, justas ou injustas, de pessoas que se consideram mal atendidas e/ou mal tratadas nos serviços de saúde”, instou, ainda, sublinhando que tem sido feito um esforço pelo pessoal de saúde, mas que “os tempos “são outros”.
“Tenho consciência do quanto esforço tem sido feito pelo pessoal de saúde a todos os níveis e homenageio-os por isso. Todavia, os tempos são outros e as pessoas muito mais exigentes. Almejam muito mais e melhor”, defendeu.
Condições técnicas e humanas
José Maria Neves considera que já há condições técnicas e humanas no país para prestar serviços finais aos utentes de melhor qualidade, mas aponta como fundamental que haja mais sofisticação na organização dos trabalhos, mais eficiência na execução e mais efetividade nos resultados.
“É preciso tudo fazer para que as pessoas não percam confiança nas instituições do país”, terminou.
O adolescente João Carlos Martins da Cruz, Djonny, de 14 anos, faleceu após ter sido evacuado, em condições muito precárias, da ilha Brava para o Hospital Regional Francisco de Assis, no Fogo.