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Fogo

Caso Djonny Brava: Hospital do Fogo esclarece que causa de morte foi leucemia aguda

O Hospital Regional do Fogo esclareceu hoje que o jovem Djonny, emigrante dos Estados Unidos da América, que faleceu naquela unidade hospitalar, no dia 1 de Agosto, depois de ter sido evacuado da Brava, faleceu devido a um quadro de leucemia grave. Segundo essa estrutura de saúde, o jovem estava há cinco dias a ser automedicado em casa, devido a uma dor de garganta e febre, tendo chegado à delegacia de saúde já com um quadro “grave”.

Em Comunicado chegado à nossa redação, o Hospital Regional do Fogo informa que no dia 31 de Julho deu entrada no centro de saúde da Brava, “com um quadro clínico grave”, um adolescente de 14 anos, que se encontra de férias na Brava.

Conforme a mesma fonte, o jovem, que respondia pelo nome de Djonny, estava doente “há cinco dias, sendo auto-medicado em casa por uma dor de garganta e febre”.

Evacuação imediata perante gravidade

Tendo sido constatada a “gravidade do quadro clínico” pela equipa médica, e realizado “exames laboratoriais” que revelaram a presença de uma “anemia grave”, o Hospital Regional do Fogo esclarece pelo que, de imediato, decidiu-se pela sua evacuação da Brava para o Fogo.

“Os procedimentos para a evacuação aconteceram com a máxima urgência e a Delegacia de Saúde da Brava tudo fez, com os meios que se encontravam disponíveis, para a transferência ao Hospital Regional, com a urgência que o caso requeria, tendo sido o paciente acompanhado por um enfermeiro”, esclarecem.

Hemograma confirmou leucemia grave

A chegada ao hospital do Fogo, dizem, deu-se por volta das 0h00 do dia 1/8/2022 e, “apesar dos cuidados logo prestados à chegada”, o adolescente veio a falecer às 0h22 do mesmo dia.

Tendo sido colocada a hipótese de  diagnóstico de doença mieloproliferativa (da medula óssea), o documento do Hospital Regional do Fogo esclarece ainda que a amostra recolhida para realização de um hemograma foi enviada “para exame de lâmina periférica” no serviço de hematologia do Hospital Agostinho Neto (HAN), na capital.

O resultado do relatório do HAN concluiu então que o exame de “lâmina periférica” detetou uma “bicitopenia severa e hiperleucocitose com blastos”, ou seja, um quadro de “leucemia aguda”, confirmando assim a hipótese diagnosticada inicialmente de leucemia como causa de morte.

O caso

Recorde-se que do jovem Djonny, a quem inicialmente foram atribuídos 13 anos de idade, chocou a sociedade cabo-verdiana, pondo a nu, mais uma vez, o problema de eficiência das evacuações de emergência em Cabo Verde.

Conforme noticiamos, o jovem estava a ser evacuado de bote da Brava para o Fogo, quando o mesmo terá avariado a meio do caminho.

Com a avaria, o bote teve de regressar à Brava, onde o jovem terá sido então transferido para outro bote, para retomar a evacuação.

Apesar de ter chegado com vida ao Hospital Regional do Fogo, acabou por falecer, como vimos, cerca de 22 minutos depois, não tendo resistido.

De notar que não foi divulgado o tempo que o jovem esteve nos dois botes, desde o início da evacuação, até ao fim.

De realçar ainda que o Bastonário da Ordem dos Médicos, Danielson Veiga, admitiu já que as dificuldades de transporte inter-ilhas têm dificultado a assistência médica em Cabo Verde, tendo já se registado mortes.

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