Apesar das Movimentações Militares executadas pela China, em torno do estreito de Taiwan logo após a sua chegada, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA (Estados Unidos da América) encontrou-se, esta quarta-feira, com a presidente da Ilha e mostrou-se firme em manter o “Compromisso Diplomático”.
“Não vamos abandonar o nosso Compromisso com Taiwan. Hoje, a nossa Delegação veio a Taiwan para dizer, inequivocamente, que não vamos abandonar o nosso Compromisso e que estamos orgulhosos da nossa amizade duradoura”, afirmou Nancy Pelosi – citada pelo portal jn.pt -, durante um Evento com a Presidente da Ilha, Tsai Ing-wen, no qual classificou Taiwan como “uma das Sociedades mais livres do Mundo”, tendo recebido a maior Condecoração Civil que a Ilha Asiática concede a estrangeiros.
Numa altura em que a Ilha se encontra sob uma enorme Pressão Militar por parte da China, Tsai Ing-wen assegurou que mesmo “face ao aumento deliberado das Ameaças Militares, Taiwan não recuará. Vamos continuar a defender a Democracia”.
Embora a Casa Branca já tenha vindo dizer que a viagem de Pelosi a Taiwan não altera o Reconhecimento da Política de “uma só China”, o “Gigante Asiático” continua a fazer ameaças.
Depois das Manobras Militares, realizadas em torno do Estreito de Taiwan, após a chegada da representante Norte-Americana, o chefe da Diplomacia Chinesa, Wang Yi, veio, esta quarta-feira, 3, reforçar o descontentamento de Pequim.
“Aqueles que ofendem a China devem ser punidos de forma inelutável”, vincou o governante, defendendo que a Visita de Pelosi se trata de “uma farsa pura e simples”, que “viola a soberania da China”.
Tensão
Desde que o Avião Norte-Americano aterrou, a Ilha não teve mais descanso. Ouviram-se vários disparos das Forças Chinesas para o Estreito de Taiwan, tendo-se, ainda, registado a entrada não-autorizada de mais de 20 Caças Chineses no Espaço Aéreo de Taiwan.
Perante as Manobras Militares da China, o ministro da Defesa de Taiwan sublinhou que as Movimentações violam as Regras da ONU (Organização das Nações Unidas) e “desafiam a Ordem Internacional”.
O Executivo Japonês, por sua vez, também condenou os Exercícios Militares, alertando que o Regime Chinês está ainda a violar a Zona Económica Exclusiva do País.
Apesar dos avisos, a China já informou que vai avançar com mais Manobras Bélicas. Segundo o Ministério da Defesa de Pequim, a partir desta quinta-feira, 4, o Exército Chinês irá realizar Exercícios Militares, incluindo Acções com fogo real em seis Zonas da Ilha.
Além dos Caças Chineses sobrevoarem o Estreito, Taiwan estará, ainda, cercada por Navios de Guerra Chineses, naquele que poderá ser um Ensaio para um Bloqueio.
Em resposta às constantes Ameaças, Washington enviou quatro Navios de Guerra, incluindo um Porta-Aviões, para Águas a Leste de Taiwan. Mas, de acordo com a Marinha dos EUA, estes Procedimentos são apenas Destacamentos de Rotina.
Críticas
A paragem de Pelosi em Taiwan, já mereceu críticas por parte da Comunidade Internacional, nomeadamente, porque a Democrata decidiu viajar até à Ilha, sem o aval de Joe Biden, Presidente dos EUA.
A Coreia do Norte, Cuba e Venezuela foram alguns dos Países que repudiaram a Decisão.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, acusou os EUA de quererem “mostrar impunidade”. “Não vejo outra razão para provocar este incêndio, a partir do nada”, frisou o governante do Kremlin.
Em Portugal, o Partido Comunista Português (PCP) apelidou a Viagem de Pelosi como uma “Provocação”, já que se insere “na Estratégia de Confrontação Crescente do Imperialismo contra a República Popular da China, instrumentalizando Taiwan e fomentando o Separatismo para pôr em causa o ‘princípio de uma só China'”, pode ler-se no comunicado do PCP.