PUB

Mundo

Guerra na Ucrânia: EUA, França e Reino Unido pedem à Rússia que acabe com Retórica Nuclear

Os Estados Unidos da América (EUA), a França e o Reino Unido apelaram, esta terça-feira, 2, à Federação Russa, que acabe com a sua “perigosa” Retórica Nuclear, com Washington a instar, também, Moscovo e Pequim, a negociarem o Controlo das Armas Nucleares.

Em Declaração-Conjunta – a que o jn.pt teve acesso -, Paris, Londres e Washington, Estados Aliados e Dotados da Arma Nuclear, insistiram, esta segunda-feira, que “uma Guerra Nuclear não pode ser ganha e que nunca deve ser iniciada” e que “as Armas Nucleares devem, enquanto existirem, servir para fins de Defesa, Dissuasão e Prevenção de Guerra”.

Por ocasião da Abertura da Décima Conferência de Exame do Tratado Sobre a Não-Proliferação das Armas Nucleares (TNP), estas Partes realçaram que “no Contexto da Guerra de Agressão, ilegal e não provocada conduzida pela Federação Russa contra a Ucrânia, apelamos à Federação Russa para que acabe com a sua Retórica Nuclear e o seu comportamento irresponsável e perigoso”.

Em Comunicado separado, o Presidente dos EUA, Joe Biden, tinha apelado aos dirigentes Russos e Chineses a iniciarem Negociações Sobre o Controlo das Armas Nucleares, afirmando que Moscovo em particular tinha o dever de demonstrar a sua responsabilidade, depois da sua Invasão da Ucrânia.

Biden reiterara que o seu Governo estava pronto para “negociar rapidamente” uma substituição do “New START” – o Tratado que limita as Forças Nucleares Inter-Continentais nos EUA e na Federação Russa -, que deve expirar em 2026.

“A Federação Russa deve mostrar que está pronta a retomar o trabalho sobre o controlo dos Armamentos Nucleares”, declarou Biden, remarcando que “a Negociação necessita de um Parceiro Voluntário e de Boa-Fé”, notando que “a agressão brutal e não-provocada da Federação Russa à Ucrânia quebrou a paz na Europa e constitui um Ataque aos Princípios Fundamentais da Ordem Internacional”.

À China…

Quanto à China, que reforçou o seu Arsenal Nuclear, que é mais limitado, Biden disse que Pequim tinha o dever, enquanto Membro-Permanente do Conselho de Segurança da ONU, “de participar nas Negociações para reduzir o risco de erro de cálculo e atacar as dinâmicas militares desestabilizadoras”.

Disse também que “não há qualquer vantagem, nem para qualquer Nação, nem para o Mundo, em evitar um Compromisso Consequente com o Controlo dos Armamentos e a Não-Proliferação Nuclear”.

Biden insistiu, ainda, que as Super-Potências Nucleares, como a Federação Russa e os EUA, tinham a responsabilidade de dar o tom para garantir a viabilidade do TNP, que visa impedir a Propagação da Tecnologia das Armas Nucleares no Mundo.

“A saúde do TNP sempre repousou em limites de Armamentos significativos e recíprocos entre os EUA e a Federação Russa. Mesmo no pico da Guerra Fria, os EUA e a União Soviética puderam trabalhar em conjunto para defender a nossa Responsabilidade Partilhada de garantir a Estabilidade Estratégica”, acrescentou Biden, concluindo que “o Mundo pode estar confiante no facto de o meu Governo ir continuar a apoiar o TNP”.

PUB

PUB

PUB

To Top