A Península Ibérica (Portugal e Espanha) rejeita o corte de de 15 por cento (%) no consumo de Gás, proposto por Bruxelas e a Grécia seguiu o exemplo.
A medida foi anunciada –lembra o portal pt.euronews.com -, quarta-feira, 20, pela presidente da Comissão Europeia, durante a apresentação do Plano de Emergência para reduzir a procura de Energia.
Portugal considera a Proposta de Bruxelas “insustentável”. Para o secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, um corte de 15% no consumo de Gás obriga aquele País da Europa a ficar “sem Eletricidade”.
Na avaliação de Galamba, Bruxelas não teve em conta as especificidades da Península Ibérica, onde a Seca obrigou ao aumento do consumo de Gás na Eletricidade.
Em Espanha, a ministra da Energia, Teresa Ribera, sublinhou que o País não depende do Gás Russo e fez esforços para investir em Infra-Estruturas de Armazenamento e Liquefação de Gás. “Espanha defende os Valores Europeus, mas não nos podem exigir um sacrifício sobre o qual nem sequer nos pediram uma opinião prévia. A diferença em relação a outros Países é que não vivemos acima das nossas possibilidades do ponto de vista energético”, sustenta Teresa Ribera, garantindo que não vai haver cortes “para as Famílias ou Indústria”.
Na Grécia, o porta-voz do Governo manifesta que o Executivo “não concorda com a Proposta da Comissão”, e sublinhou que Atenas continua a apoiar a adopção de regras sobre os Preços do Gás Natural a Nível Europeu, e também a Armazenagem-Conjunta pela União Europeia (UE).
Argumentos
Na apresentação do Plano para a”Redução” do Consumo de Gás na UE, a presidente da Comissão pediu a colaboração e a solidariedade de todos os Estados-Membros, independentemente da maior ou menor dependência em relação ao gás russo.
A redução de 15% no consumo de gás, a partir de Agosto, é, para já, voluntária. Mas vai tornar-se obrigatória em Caso de Emergência, no marco das Sanções impostas à Rússia, devido a Invasão à Ucrânia, a 24 de Fevereiro passado.