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Sociedade

Administração Pública: Homens continuam a dominar nomeação direta, diz ICIEG

Um estudo sobre o Perfil de Género em Cabo Verde revelou que, apesar das mulheres estarem cada vez mais a entrar na Administração Pública e a subir nos cargos, os homens continuam a dominar na nomeação directa.

A afirmação é da presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Marisa Carvalho, à margem da apresentação do estudo, esta sexta-feira, na Praia.

“O estudo tenta perceber, ao longo da vida activa, tanto de homens como de mulheres, como é feita a entrada na administração pública e a promoção na carreira. Verificamos que cada vez há mais mulheres, com mais capacitações académicas, mas que, nos cargos de nomeação directa, os homens dominam”, afirmou.

Presença residual do sector empresarial

Ainda, segundo Marisa Carvalho, o estudo indica que, no sector empresarial do Estado, a presença das mulheres é muito residual, além de ser o sector onde os salários atingem maiores valores.

Daí, concluiu, a necessidade de haver paridade nas nomeações, não por decisão política, mas por competência.

O estudo permite ainda, segundo o ICIEG, traçar a luta contra os estereótipos, visto que, a nível legal e do quadro remuneratório, não existe descriminação.

Neste sentido, a presidente do ICIEG sublinha que o trabalho não tem sexo nem género, pelo que neste assunto, segundo disse, deve-se mudar comportamentos através de campanhas de sensibilização.

O documento, numa perspectiva de género, denota que, globalmente, há uma repartição paritária entre homens e mulheres no decurso dos últimos três anos, sendo 52% de homens contra 48% de mulheres.

Quanto à distribuição dos funcionários por género e natureza da entidade empregadora na Administração Pública directa, a presença das mulheres é superior à dos homens (54,6% contra 45,4%).

Nos demais sectores analisados, a presença masculina é “muito acentuada”, sobretudo no sector empresarial do Estado, com 75%, seguida da Administração Pública indirecta, com predominância dos homens (56% contra 44%).

O estudo apresentado foi efectuado no período de 16 de Março a 16 de Abril e inquiriu cerca de 1.700 indivíduos.

C/ Inforpress

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