A instabilidade Política adensa-se em Itália. Sergio Mattarella pode não ter aceitado a demissão de Mario Draghi, mas restam dúvidas de se a vontade do Presidente Italiano será suficiente para manter o Chefe do Governo no Poder.
O Primeiro-Ministro (PM) da Itália, MarioDraghi – avança o portal pt.euronews.com -, garantiu a confiança do Senado, quinta-feira, 14, ao ver aprovado um Novo Plano Económico para aquele País Europeu, mas a ausência do Movimento 5 Estrelas (M5E), e do seu Líder e antigo PM, Giuseppe Conte, no Voto de Confiança ao Executivo levou o actual PM a demitir-se.
A viabilidade de Draghi à frente dos destinos de Itália volta a ser posta à prova, na próxima quarta-feira, 20, com uma nova Moção de Confiança.
Reacções
A decisão do Movimento 5 Estrelas, que é um dos Partidos que suporta a Coligação Governamental, está já a ser condenada pelos apoiantes do Governo.
Para Antonio Tajani, coordenador Nacional do Força Itália, a atitude do M5E traz “consequências imprevisíveis, provocadas por escolhas irresponsáveis de um Partido Político que está a prejudicar o Povo Italiano”.
Por sua vez, Enrico Letta, Líder do Partido Democrático, defende que “o governo de Draghi está a governar bem e é útil que continue”.
No campo oposto, a Extrema-Direita defende a partida do Primeiro-Ministro, Mario Draghi.
Aos jornalistas, Giorgia Meloni, Líder dos Irmãos de Itália, disse que o País atravessa “uma tempestade” e que “numa situação em que temos uma Guerra, Pandemia, elevados custos Energéticos, falta de matérias-primas, uma pobreza que aumenta e risco de uma Crise Alimentar, não dá para ter um Governo que não faz nada”
Histórico
Draghi assumiu a liderança do Governo Italiano em Fevereiro de 2021, sustentado por uma ampla Coligação Governamental da Direita à Esquerda Partidária.
A Unidade Nacional foi concebida para lançar a Recuperação do País face à Pandemia de COVID-19. Mas com a Guerra na Ucrânia sem fim à vista e uma Inflação galopante, Itália arrisca a ficar, novamente, sem Governo.