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Desporto

Futebol: Ex-integrantes da primeira selecção ainda não receberam pensão aprovada em 2021

Um grupo de ex-integrantes da primeira selecção cabo-verdiana de futebol quer receber a pensão que foi aprovada em 2021. Os ex-jogadores estiveram hoje no Palácio da Presidência para pedir ao chefe de Estado que intervenha a seu favor. 

“Tal como outras personalidades, cidadãos, instituições do País, nós, os antigos internacionais de futebol, honramos as camisolas, erguemos e defendemos a bandeira do País orgulhosamente, sem exigir nada em troca”, disse durante o encontro um dos integrantes do grupo, Zé di Nhana, citado pela Inforpress.

Esta antiga glória do futebol nacional relembrou ainda o tempo em que, para representarem as cores nacionais, “se alimentavam mal, dormiam pessimamente, em escolas, ginásios, tendas, casas de amigos e familiares, sem nenhuma segurança, sem quaisquer compensações financeiras.

Alguns já morreram sem receber a pensão

“Após a publicação deste decreto-lei, alguns dos nossos antigos colegas da selecção já morreram sem poder usufruir da pensão, outros enfrentam problemas de saúde e má nutrição”, afirmou.

Por isso apela a que sejam criadas condições para não permitir que outros morram “caídos na desgraça”.

Segundo Zé di Nhana, “com a vida de miséria, pobreza e à beira da morte”, aos antigos internacionais de futebol não interessa apenas as homenagens, embora reconheçam que estas constituem “gestos importantes” que os tocam a alma e os fazem reviver aqueles momentos exaltantes dos seus percursos desportivos.

Influência

Em declarações à imprensa, o grupo disse ter sido “muito bem” recebido pelo Presidente da República, que prometeu usar a sua magistratura de influência no sentido de os ajudar a receber suas respectivas pensões.

As mesmas, recorde-se, foram criadas no âmbito do Decreto-Lei nº115/IX/2021 de 02 de Fevereiro sobre o Regime Geral de Pensões do Estado, que passou a incluir a área do desporto.

As antigas glórias do futebol cabo-verdiano vêm reclamando junto do Governo, desde o início de 2019, por uma pensão de velhice, com o argumento de alguns atletas que outrora levaram a bandeira nacional vivem em de dificuldades para sobreviverem e que, inclusive, alguns perderam a vida sem nunca terem sido reconhecidos financeiramente em vida pelo País.

C/Inforpress

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