Vários funcionários do Hospital Regional João Morais (HRJM), na Ribeira Grande, Santo Antão, estão revoltados com o atraso de quatro meses no pagamento dos serviços de vela (horas extras) e acusam o sindicato de dar “show off”.
Os funcionários procuraram a Inforpress em anonimato com medo de ameaças para denunciar o atraso no pagamento de velas que se arrasta este março. Alegam que estão “cansados” de ir ao gabinete da administração do hospital que tem sempre a “mesma desculpa” que tudo “depende” dos serviços centrais do Ministério da Saúde na Cidade da Praia.
“Já ameaçámos fazer greve, mas, mesmo assim, somos ignorados até porque o sindicato que nos representa também só tem dado ´show off` e nada fez para nos ajudar a resolver esta questão” pontuou.
Neste sentido, estes funcionários “exigem” do Ministério da Saúde a regularização do pagamento do subsídio de velas, o “mais breve possível”, sob pena de partirem para outra forma de luta para a defesa dos seus direitos.
“É um direito nosso, trabalhamos para receber o subsídio de vela e não vamos deixar de reivindicar isso mesmo”, garantiram.
Hospital remete problema ao Ministério da Saúde
Por sua vez, o administrador do HRJM, Aníbal Miranda, confirmou à Inforpress o atraso de quatro meses de pagamento do subsídio de vela a esses funcionários que, segundo o mesmo, são contratados pelo Ministério da Saúde.
“Temos a noção da situação desses funcionários, mas, infelizmente, não temos nenhum feedback do Ministério da Saúde para quando o pagamento desse subsídio” acentuou.
Já o secretário do Sindicato Livres dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), Carlos Bartolomeu, alegou que “desconhece” esse atraso no pagamento das velas desses funcionários, e que, da última vez que tomou conhecimento, o mesmo “interveio” com pontualidade.
Entretanto, Carlos Bartolomeu disse que ficou “extremamente triste” com o comportamento e a “ingratidão” desses funcionários, e esclareceu que o SLTSA não tem “interesse” em dar “show off”.
“Das outras vezes, em situações semelhantes, o SLTSA tentou por diversas vezes dialogar com o Ministro da Saúde sobre a situação desses funcionários, mas igualmente os outros ministros do Executivo eles não dialogam, por conseguinte não tivemos algum feedback”, justificou.
C/ Inforpress